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RACHADINHA É CRIME, SEJA DE DIREITA OU ESQUERDA

30/11/2023 - 11:16 | Atualizada em 30/11/2023 - 12:30

Cícero Henrique

RACHADINHA É CRIME, SEJA DE DIREITA OU ESQUERDA

Foto: Reprodução

A imprensa noticiou milhares de vezes a investigação sobre a suspeita de rachadinha envolvendo a família Bolsonaro. A esquerda também é suspeita. Corrupção, rachadinha não tem ideologia, cor partidária, se é de direita, centro ou esquerda. O fato é que, quem fez uso desse tipo de ilegalidade tem que pagar perante a justiça, seja quem for.

Mais uma vez fica evidente que alguns da direita, centro ou esquerda gostam mesmo da corrupção. Viu dinheiro, é capaz de vender até mesmo a própria mãe, como dizem nos bastidores.

Recentemente um ex-assessor denunciou um deputado federal da esquerda de ter proposto aumentar salário de assessores e descontar uma parte para pagar dívidas de campanha. A esquerda tem uma rachadinha pra chamar de sua, revelada em áudio. A gravação não deixa dúvidas. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal e pelo STF.
 

Apesar da gravação, ao invés de defender a apuração, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, saiu em solidariedade ao aliado. Peso bem diferente na balança usada contra a investigação de rachadinha da família Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. Ou seja, o debate político nunca é sobre o que, mas sobre quem.
 

De direita ou de esquerda, rachadinha é rachadinha, independente do sobrenome do 'beneficiado'. Crime não tem ideologia. Tem autor.

Uma decisão unânime do Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), publicada no dia 9,8/2022, definiu que a prática de “rachadinha” – a apropriação de parte do salário de servidores pelos políticos que os nomearam – configura enriquecimento ilícito e dano ao patrimônio público.

Alguns políticos precisam aprender que antes de falar dos outros é preciso olhar a própria cauda, como diziam no passado.

Observe que este texto não cita o nome do parlamentar de esquerda investigado pela PF e STF. A responsabilidade por isso é a decisão do Supremo que, por maioria, definiu as condições em que as empresas jornalísticas estão sujeitas à responsabilização civil, ou seja, ao pagamento de indenização, se publicarem entrevista na qual o entrevistado atribua falsamente a outra pessoa a prática de um crime. Na prática, a decisão acaba com o jornalismo investigativo e limita o trabalho dos jornalistas, reduzindo-o a reprodutor de notas oficiais. 

 

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