O deputado estadual Wilson Santos (PSD), vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), criticou o perdão de multas ambientais pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico.
Santos afirmou que a compra de parte dos produtos químicos utilizados para desmatar 81 mil hectares em fazendas no Pantanal "foi comprado com dinheiro do FCO, aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico. Esse Conselho é reiteradamente pego perdoando multas de grandes produtores rurais", afirmou.
Wilson Santos visitou a área onde foi registrado o maior crime ambiental já registrado, cometido em fazendas do pecuarista Claudecy Oliveira Lemes, multado em mais de R$ 2,8 bilhões. Foram desmatados mais de 81 mil hectares, quimicamente, por meio de pulverização com imazamox; picloram; 2,4-D e fluroxipir.
"A Sema precisa se equipar, se preparar, para que possa se antecipar à repetição desse tipo de crime", destacou.
O parlamentar apelou ao Ministério Público que faça cumprir a Lei Estadual nº 6.015/1992, que proíbe a utilização de herbicidas já proibidos em outros países.
As fazendas foram embargadas e foi nomeado um gerente judicial, que vai assumir em nome da Justiça.
Sanção aplicada
As autuações realizadas pela Sema, decorrentes do inquérito policial, resultaram em nove termos de embargo e interdição em razão das degradações ambientais. O custo da reparação dos danos ambientais, somado ao valor das multas cominadas pelo órgão ambiental, aponta o prejuízo ao infrator de mais de R$ 5,2 bilhões. A soma é superior ao valor venal de todas as propriedades pertencentes ao investigado situadas no bioma pantanal.
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