O ex-presidente Jair Bolsonaro também foi alvo da Operação Tempus Veritatis, deflagrada na manhã desta quinta-feira (8) pela Polícia Federal.
A PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Bolsonaro em Angra dos Reis e pediu que ele entregue o
passaporte em 24 horas e apreendeu o celular do assessor Tercio Arnaud Tomaz. As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. O ex-presidente também está
proibido de ter contato com os demais investigados.
A operação
Tempus Veritatis cumpre 33 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão contra organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder.
Segundo apurado pela Polícia Federal, o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.
Delação
A operação é deflagrada após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel
Mauro Cid, ter fechado acordo de colaboração premiada junto a investigadores da PF. O acordo foi enviado à Procuradoria-Geral Federal (PGR), embora ainda não tenha a chancela da Justiça.