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Militar suspeito de coordenar ataque no 8/1 teve passaporte e celular apreendidos

O general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes se filmou em frente ao Palácio do Planalto no 8/1

29/09/2023 - 13:40 | Atualizada em 01/10/2023 - 09:50

Da Redação

Militar suspeito de coordenar ataque no 8/1 teve passaporte e celular apreendidos

Foto: Reprodução

Segundo a Polícia Federal, na 18ª fase da Operação Lesa Pátria,  foi cumprido um mandado de busca e apreensão determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e que foi determinado o bloqueio de ativos e valores do general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes . Durante a ação, os agentes apreenderam um celular, arma e o passaporte do general.

Ele aparece em vídeos durante os atos golpistas do 8 de janeiro deste ano, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e vandalizadas por simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro que não aceitaram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República, nas eleições de 2022.

O general é também um dos investigados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que apura os atos golpistas. Ligado ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, Ridauto foi assessor especial da secretaria executiva e diretor de Logística do Ministério da Saúde durante o governo Bolsonaro.

Em nota, o Centro de Comunicação Social do Exército informou que o general Ridauto “encontra-se na reserva e não ocupa cargo ou desempenha função na Força. Cabe destacar, também, que o Exército não se manifesta no transcurso de processos de investigação a cargo de outros órgãos”.

Ação planejada
Os investigadores suspeitam do envolvimento do general da reserva com um grupo bem preparado que se encarregou de liderar a massa de manifestantes. Usando luvas e balaclavas (um tipo de máscara), estes homens agiam de forma planejada e organizada, Foram eles que abriram a escotilha de acesso  ao teto do Congresso Nacional e chamaram os manifestantes. Para alcançar a escotilha, usaram uma escada feita com gradis amarrados.

Os manifestantes seguiram líderes que se dividiram em três grupos, seguindo em direção ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF.

O militar era conhecido por fazer parte de um grupo específico dentro das Forças Especiais do Exército Brasileiro: os “kids pretos”, militares (de ativa ou não) que se especializam em operações especiais do Exército, com foco nas ações de sabotagem e incentivo em revoltas populares (ou “insurgência popular”), que não chegam a se transformar em guerra civil. Investigações da PF apontam participação de Ridauto.

Nas redes sociais, Ridauto já defendeu um golpe de Estado. Durante o governo de Jair Bolsonaro, foi Diretor de Logística do Ministério da Saúde, durante a gestão de Eduardo Pazuello, também integrante dos "kids pretos'.

 
 

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