Eu nunca me enganei, nem me iludi, com o slogan "fajuto" e "mentiroso" usado pelo grupo que governou o país por quatro anos. Hoje apontado como "organização criminosa' pela Polícia Federal, quase destruiu as sedes do STF, Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
Usaram um slogan para enganar incautos; com certeza Deus não faz parte desse esquema que, infelizmente, teve apoio de Sergio Moro e Deltan Dallagnol na campanha eleitoral 2022.
O mais vergonhoso é que Sergio Moro e Deltan Dallagnol, que representavam o combate à corrupção, sequer comentam as investigações da Polícia Federal — LUCAS 12.2 — que apontam na direção de Jair Bolsonaro. A corrupção deve ser combatida SEMPRE, seja de esquerda, centro ou direita.
Até mesmo os aliados de Bolsonaro reconhecem que ele está perto de ser preso. Depois de passar o dia estudando o despacho em que Bolsonaro é citado nominalmente 93 vezes ao longo de 105 páginas, esses auxiliares se preocuparam não apenas com o que Moraes disse – mas principalmente com o que ele não disse.
Jair Bolsonaro é a maior vergonha que o país já teve e tem. Sua prisão é necessária, o mais rápido possível, para evitar a iminente destruição de provas e intimidação de testemunhas.
A investigação sobre desvio de joias sauditas mostra que, realmente, uma
organização criminosa agia no governo, no modus operandi das piores máfias, coisa de filmes de gangster.
O ministro Alexandre de Moraes, tão criticado por muitos, atua neste caso em defesa da democracia e no combate à corrupção.
Quanto ao slogan Deus, Pátria e Família:
A máfia italiana sempre deu valor à família, como os criminosos sicilianos da Cosa Nostra, a napolitana Camorra e a 'Ndrangheta da Calábria.
Qual é o lema da máfia italiana?
Intitulado “Direitos e Deveres”, foi considerado como os “mandamentos” da Cosa Nostra. Esse código de honra tinha como objetivo nortear o comportamento de seus integrantes, além de impor valores como fidelidade, obediência e moderação. Resumindo, como uma verdadeira seita.
No Brasil, o slogan 'Deus, Pátria e Família' foi usado por Jair Bolsonaro para conquistar apoio de igrejas evangélicas. Muitas foram iludidas, mas alguns líderes religiosos o apoiaram conscientes da mentira. O ex-presidente conseguiu manchar a reputação de denominações sérias. Comprometeu também a imagem das Forças Armadas. Com um governo integrado por militares, inclusive nos ministérios, o governo Bolsonaro manchou a imagem das Forças Armadas. O envolvimento explícito do general Mauro Lourena Cid, que vendeu joias sauditas desviadas, cuja imagem refletida na foto jamais será apagada, é hoje motivo de constrangimento para o Exército.
Reflexo do general Mauro Lourena Cid ao fotografar joias
Passando-se por temente a Deus, Jair Bolsonaro não foi misericordioso com os doentes da pandemia, nem incorruptível, como apontam as investigações.