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CCJ aprova parecer para manter prisão de Chiquinho Brazão

AO VIVO - Lira coloca relatório em votação

10/04/2024 - 18:10 | Atualizada em 10/04/2024 - 18:57

Da Redação

CCJ aprova parecer para manter prisão de Chiquinho Brazão

Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, por 39 votos a 25, o parecer do deputado Darci de Matos (PSD-SC) favorável a manter a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). A manutenção da prisão ainda precisa ser decidida pelo Plenário. 

Brazão, que foi expulso do União Brasil, está preso desde o último dia 23. Ele é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro. Na época, Brazão era vereador na capital fluminense.

O parecer de Darci de Matos concorda com a tese do Supremo Tribunal Federal de que a prisão era necessária por atos de obstrução à justiça, os quais, segundo o Supremo, “continuavam a ser praticados ao longo do tempo”. Deputados só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável. 

Matos ressaltou que o que está em análise não é o assassinato de Marielle. “A situação que a Polícia Federal coloca como flagrância não decorre do homicídio, nós não estamos discutindo se o deputado assassinou a vereadora ou não. A flagrância decorre da obstrução permanente e continuada da justiça. E em organização criminosa o crime passa a ser inafiançável”, explicou. 


O advogado de Brazão, Cleber Lopes, questionou o flagrante. “A Polícia Federal está investigando há meses. Estivesse o deputado em flagrante delito, será que a Polícia Federal teria protegido o parlamentar e não o teria prendido em flagrante?”, indagou. 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), confirmou para esta quarta-feira (10) a votação, pelo Plenário, de parecer sobre a prisão do deputado Chiquinho Brazão.

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Deputados estão divididos e o PL e o União Brasil, partido que expulsou Brazão, agora defendem voto contra a prisão do parlamentar. Há um lobby comandado pelo ex-deputado Eduardo Cunha, pai da deputada Dani Cunha, para tirar Brazão da prisão. Os defensores desta posição articulam registrar presença e saír do plenário na hora da votação. Quem não vota, indiretamente contribui para libertar o colega, pois são necessários 257 votos para manter a prisão. Sem quórum, Frazão deixará a prisão.


 
 

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