informe o texto

Notícias | Legislativo

Na TV Júlio Campos focaliza pré-candidatura de Botelho

ELEIÇÕES 2024

20/02/2024 - 11:02 | Atualizada em 21/02/2024 - 13:54

Redação

Na TV Júlio Campos focaliza pré-candidatura de Botelho

Foto: Reprodução

A escolha de Eduardo Botelho por Mauro Mendes para a pré-candidatura do União Brasil à Prefeitura de Cuiabá foi a melhor possível. A afirmação partiu do deputado estadual Júlio Campos na noite do domingo, 18, no programa Ponto de Vista da TV Cidade Verde, apresentado ao vivo pelo jornalista Onofre Júnior com a participação do cientista político João Edson, na bancada.

Júlio Campos reconheceu que a demora na definição do pré-candidato a prefeito de Cuiabá, causou sangramento, “mas nada que não possa ser curado”. O deputado destacou qualidades de seu colega de parlamento Botelho e esclareceu que o mesmo não tem nenhum tipo de ligação com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB); segundo ele, enquanto empresário Botelho venceu uma licitação para realizar obras de tapa-buracos em Cuiabá, mas que as mesmas sequer começaram, por falta de recurso da prefeitura. Tais obras seriam realizadas pela Construtora Nhambiquaras, da família de Botelho. “Ele (Botelho) é um empresário bem-sucedido e realiza obras para diversas prefeituras, incluindo a de Várzea Grande, mas isso não significa que a relação empresarial tenha algo a ver com política”, resumiu.

Ao contrário das eleições anteriores em Cuiabá, a disputa pela prefeitura neste ano deverá ter três grupos. É assim que pensa Júlio Campos. Segundo ele, o deputado federal Abilio Brunini (PL) terá consigo a força eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro. O nome da Federação Fé Brasil (PT, PCdoB e PV) contará com a força do presidente Lula, que em 2018 recebeu 35% dos votos cuiabanos; nessa federação disputam a indicação o deputado Lúdio Cabral (PT) apoiado pelo diretório municipal; a ex-deputada federal Rosa Neide (PT), que foi a mais votada ao cargo em Mato Grosso, mas que não conseguiu quociente eleitoral; e o vice-prefeito Roberto Stopa (PV), com apoio de Emanuel Pinheiro, "que tem força junto a Lula, pela atuação de seu filho o deputado federal Emanuelzinho Pinheiro (MDB), que é vice-líder de Lula. E Botelho, com apoio de Mauro Mendes, Jayme Campos, Júlio Campos, Fábio Garcia e de outras lideranças. 

Sobre outros nomes para a prefeitura, Júlio Campos ponderou que poderão surgir novas candidaturas, “o que é natural”, mas citou que embora o deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos), “brilhante deputado Diego Guimarães”, tenha revelado interesse em concorrer, isso não deverá acontecer pois seu partido compartilha o governo de Mauro Mendes, uma vez que o vice-governador Otaviano Pivetta é sua maior liderança. “Pivetta não deixará de apoiar Botelho, que é o candidato do governador”, sintetizou.

Caso tenha que apostar, Júlio Campos jogará todas as fichas na vitória de Botelho, que desponta liderando com folga as pesquisas de intenção de voto em todas as regiões da capital.

Sobre o amanhã com a eventual vitória de Botelho, Júlio Campos destacou que Emanuel Pinheiro e Mauro Mendes vivem em pé de guerra, mas que a conquista da prefeitura pelo grupo do governador o levará a investir pesado em Cuiabá.

Onofre Júnior cobrou explicações a Júlio Campos por conta de suas declarações de que deixaria o União Brasil caso Botelho não fosse o escolhido. O deputado admitiu que adotou aquela postura em bloco com Botelho e o deputado estadual Dilmar Dal Bosco, e que chegou a se reunir com a direção nacional do PRD, pois havia grande desencanto em boa parte do seu partido pela recusa de Mauro Mendes em abraçar Botelho. “Felizmente prevaleceu a lógica, o bom-senso”, arredondou.

Sobre o PRD, Júlio Campos lamentou que sua direção nacional tenha excluído o presidente de sua comissão provisória em Mato Grosso, o vereador Kassio Coelho, que era filiado ao Patriota, que se fundiu com o PTB formando o PRD. O deputado espera que o PRD inclua Kassio Coelho ao seu comando regional, presidido pelo suplente de senador Mauro Carvalho, ou que leve a presidir a sigla em Cuiabá.

Citando uma fala do deputado estadual Wilson Santos (PSD), Onofre Júnior questionou Júlio Campos se realmente Mauro Mendes não libera as emendas parlamentares destinadas a Cuiabá, como retaliação a Emanuel Pinheiro. Ele respondeu que em 2023 cumpriu seu primeiro ano do mandato na Assembleia, e que nessa condição não teve direito de apresentar emendas, e que por essa razão não tinha conhecimento sobre o assunto. 

GOVERNADOR - Além de abordar a oficialização de Botelho enquanto pré-candidato, Júlio Campos fez um balanço de sua administração quando governou Mato Grosso, no período de 1983 a maio de 1986.

Júlio Campos citou que seu governo construiu 35 mil moradias populares em todas as regiões. O volume de casas foi muito grande e atendeu à demanda que surgiu no boom da explosão populacional. À época a população de Mato Grosso era de 1.4 milhão de habitantes e as novas moradias abrigaram mais de140 mil cidadãos, o que representava 10% do povo mato-grossense. Sobre transporte o deputado recordou que seu governo pavimentou a ligação de Cuiabá com Nova Santa Helena e Colíder; de Cuiabá com Barra do Garças e Canarana; de Rondonópolis a Primavera do Leste; de Cuiabá com Cáceres e Comodoro; e que abriu importantes estradas, dentre as quais a que liga Tangará da Serra a Juína.

As obras realizadas no governo Júlio Campos contaram com recursos internacionais de quase um bilhão, contratados com apoio do senador Roberto Campos – parente de Júlio Campos – numa época em que a arrecadação tributária era ínfima. “Hoje é fácil governar Mato Grosso, que arrecada cerca de 4 bilhões mensais”, comparou.

SUCESSÃO – Júlio Campos fez uma rápida abordagem sobre a sucessão estadual em 2026. Cauteloso, ponderou que política muda a todo o momento, mas que mesmo distante da eleição alguns nomes já se despontam ao governo, Citou Otaviano Pivetta, “um homem competente e preparado”; Wellington Fagundes (PL), “que a exemplo de Pivetta também diz que está na fila pela candidatura”; o senador Carlos Fávaro (PSD), “que está fazendo um bom trabalho”; e seu irmão o senador e ex-governador Jayme Campos (União), “cuja candidatura é defendida por prefeitos e outros políticos”, concluiu.
 

Informe seu email e receba notícias!

Sitevip Internet