Uma mulher de 33 anos foi vítima de um estupro coletivo cometido por policiais militares no Guarujá, litoral de São Paulo.
O caso aconteceu em meados de agosto de 2023 e foi formalmente denunciado pela vítima na primeira quinzena de dezembro.
De acordo com apuração do portal de notícias G1, o caso aconteceu durante uma festa em uma casa alugada por um grupo de policiais militares no bairro Balneário Praia do Pernambuco, onde estavam cerca de 20 pessoas, a maioria homens. Ao todo, segundo o site, 12 homens violentaram a mulher, sendo 11 agentes da corporação, após dopá-la.
Segundo a vítima declarou ao G1, os homens "fizeram fila' para praticar os abusos após ela ser dopada.
Arquivo pessoal
"Me senti usada", disse ela. "Eles fizeram uma 'fila'' e eu conseguia ouvir algumas coisas. Diziam: 'Vai logo! Deixa que é a minha vez".
Segundo a Agência Brasil, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a corporação instaurou
sindicância para apurar o caso, enquadrado pelas autoridades como
estupro de vulnerável.
O estupro de vulnerável é uma classificação que inclui tanto estupro em que a vítima é menor de 14 anos de idade como o praticado contra vítimas que não tenham condições de manifestar resistência ao ato, como é o caso de pessoas embriagadas ou dopadas por substâncias. Ainda segundo a pasta, foram requisitados exames sexológico e médico da vítima.
A vítima, acrescentou a secretaria, registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da capital paulista. A queixa foi encaminhada à DDM do Guarujá, que dá sequência às providências. "Diante da gravidade da denúncia, a Polícia Militar informa que instaurou uma sindicância para apurar a participação de policiais militares no crime", finaliza em nota encaminhada à Agência Brasil.
O estado de São Paulo alcançou, no ano passado, um
número recorde de estupros. Foram
14.504 casos, o maior patamar atingido desde 2001, quando se iniciou a série histórica da SSP. De acordo com o órgão de segurança, do total de casos notificados no ano passado, 11.133 (76,7%) foram praticados contra vulneráveis.
(Com informações da Agência Brasil e G1)