O agronegócio em Mato Grosso testemunha um aumento expressivo nos pedidos de recuperação judicial. Em 2023, o estado ficou em primeiro lugar no ranking de solicitações. De janeiro a setembro, segundo pesquisa da Serasa Experian, recuperação judicial exclusivamente relacionados ao agro; em todo o País, foram 158. Os números apontam que o movimento detectado em Mato Grosso segue uma tendência nacional, visto que, em relação a 2022, os casos de recuperação judicial aumentaram 300% em todo o país.
Entre as principais causas dessa turbulência no agronegócio estão fatores como mudanças climáticas, a incidência de pragas e preços das commodities, que refletem diretamente na produção agrícola e na estabilidade financeira do produtor. Essas incertezas naturais, aponta especialista, provocam problemas comerciais desencadeadores de ações como as de recuperação judicial.
O estudo divulgado pela pela financeira sobre pedidos de recuperação judicial no agronegócio analisou três grupos: Produtores Rurais Pessoa Física, Produtores Rurais Pessoa Jurídica e Empresas “não produtoras” relacionadas ao Agro. De acordo com a Serasa, o crescimento mais significativo ocorreu no grupo de Pessoas Físicas, que representa a maioria dos produtores rurais no Brasil. De acordo com os dados, a pastagem e a soja aparecem como as culturas plantadas por aqueles que mais demandaram por recuperação judicial.
A procura do recurso jurídico vem crescendo desde que a Nova Lei de Recuperação Judicial e Falência foi sancionada em 2021. A legislação estabelece que o Produtor Rural Pessoa Física pode requerer um plano semelhante àquele destinado aos empresários. Até então, apenas empresas de produção rural podiam fazer o pedido.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.