As obras de implantação do Sistema BRT em Cuiabá foram iniciadas nesta semana pelo Governo de Mato Grosso. Os trabalhos começaram na Avenida do CPA, nas proximidades do Comando Geral da Polícia Militar.

O início das obras acontece dias depois de o prefeito de Cuiabá negar notícia veiculada na revista IstoÉ, que afirma que o VLT não foi incluído no PAC, segundo afirma Emanuel Pinheiro. Segundo o prefeito,  a ação do governo é "apressada e desesperada, dado o progresso e a total viabilidade do VLT Cuiabano, que contará com o apoio e investimento do governo federal por meio do PAC Mobilidade Urbana".

Emanuel designou o secretário de Ordem Pública, Leovaldo Salles, para assumir pessoalmente o comando da fiscalização, indo até a obra com a equipe para exigir toda a documentação necessária e as licenças obrigatórias, sabendo que eles não as possuem. "Se não houver licença, conforme estabelece a lei, a obra deve ser embargada", afirmou o prefeito.

Ainda segundo o prefeito da Capital, na quarta-feira, 17, será realizada uma reunião com a Promotora de Justiça e Coordenadora do CAO Meio Ambiente Natural, Maria Fernanda Corrêa da Costa, que convocou todas as partes envolvidas, incluindo o município de Cuiabá, governo do estado e o consórcio responsável pela obra do BRT em Várzea Grande

Obra iniciada

Neste primeiro momento, o Consórcio responsável pela obra trabalha no sistema de drenagem no canteiro central. Após a execução deste serviço, os trabalhos vão avançar para a construção da pista de concreto, incluindo a remoção da capa asfáltica e execução da terraplanagem.

O Governo de Mato Grosso iniciou as obras, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), com a obtenção das licenças ambientais necessárias. 

Linhas

Em Cuiabá, o Sistema BRT terá duas linhas. A primeira ligará o Terminal do CPA, que será construído próximo ao Comando Geral da PM, até o Terminal de Várzea Grande, passando pelas avenidas do CPA, Tenente Coronel Duarte e 15 de Novembro.

A segunda linha sairá do Terminal do Coxipó, próximo ao viaduto do Parque Cuiabá, chegando até o centro da capital.

Disputa
Emanuel Pinheiro e Mauro Mendes têm opiniões contrárias sobre o modal a ser implantado em Cuiabá. São adversários políticos há muitos anos. Após a judicialização do contrato com o Consórcio VLT, que foi extinto na gestão do ex-governador Pedro Taques, o governo de Mato Grosso, já sob Emanuel Pinheiro, realizou estudos e obteve aprovação do modal BRT Cuiabá/Várzea Grande. 

Emanuel nunca aceitou a mudança e tentou garantir a construção do VLT em Cuiabá, acionando o TCE e o Judiciário. Perdeu em todas as instâncias.

Enquanto em Várzea Grande as obras do BRT avançam. o prefeito cuiabano tenta, por caminhos políticos, emplacar o VLT nas obras do PAC.

No entanto, o coordenador-geral do PAC III, chefe da Casa Civil do Palácio do Planalto,  Rui Costa, ligou para Mauro Mendes e avisou que não é possível incluir o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no PAC. 

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A disputa entre o prefeito de Cuiabá e o governador ainda pode acabar mal, com o risco, inclusive, de uma medida judicial mais incisiva contra o primeiro.