Na Câmara dos Deputados, a proposta de emenda à Constituição (PEC) passou “tratorando” tudo. O motorista responsável pelo atropelamento foi ninguém menos do que o presidente da Casa, Arthur Lira (pP-AL): ele arou todo o “atalho” para que as votações fossem feitas em sequência, no mesmo dia e no prazo de poucas horas. Detalhe: sem antes o projeto passar pelas comissões.
Qualquer oposição, mesmo propositiva, foi esmagada. O ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) foi a única voz ativa contrária, que ficou indignado não só com o conteúdo, mas também com a forma da condução do processo na Casa. Ficou mais indignado ainda porque o governador de Dão Paulo, Tarcísio de Freitas(Republicanos), apoio a reforma tributária.
A esperança de uma reversão agora é o Senado, cujo presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve colocar o texto em pauta logo após o retorno do recesso parlamentar, em agosto. Da parte de Mato Grosso, é possível e até provável – que o trio de parlamentares feche questão em não aprovar a proposta, pelo menos não como está hoje.
Os senadores Jayme Campos(UB) e Mauro Carvalho(UB) estão com Mauro Mendes e querem ser partícipes para evitar eventuais prejuízos para o Estado com a proposta.
— Quero deixar meu apoio à reforma, mas não da forma como ela foi colocada. Não faz o menor sentido essa reforma para o Mato Grosso e para a maioria dos estados brasileiros. Temos que encontrar um equilíbrio entre os estados produtores e os estados consumidores — apontou Mauro Carvalho.
Uma coisa é certa, a de que no Senado não haverá a mesma celeridade no trâmite da proposta. Pacheco não é Lira. Como bom mineiro (e ótimo político), é comedido e preza o diálogo. E o mais importante: senadores estão lá para representar suas unidades federativas e não interesses de grupos específicos. Mauro Mendes pode, sim, sonhar em mudar o jogo.
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