informe o texto

Notícias | Brasil

Como os cartões de vacinação de Bolsonaro e da filha foram fraudados?

Fraude nos cartões de vacinação de pai e filha começou em Goiás; PF apreende celular de Bolsonaro

03/05/2023 - 09:56 | Atualizada em 04/05/2023 - 09:13

Da Redação

Como os cartões de vacinação de Bolsonaro e da filha foram fraudados?

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O celular do ex-presidente Jair Bolsonaro foi apreendido pela Polícia Federal na manhã de hoje (3/05). A PF cumpriu mandado de busca e apreensão por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das milícias digitais.

Bolsonaro se recusou, inicialmente, a entregar a senha do aparelho, mas depois entregou o celular aberto.

O objetivo da operação Venire é aprofundar a investigação sobre alteração de dados no Ministério da Saúde nos cartões de vacinação do ex-presidente Bolsonaro, da filha dele, Laura, de 12 anos, de Mauro Cid e familiares. Segundo a PF, a fraude aconteceu em 21 de dezembro passado, pouco antes de viajarem para os EUA.

Inicialmente um médico no município de Cabeceiras (GO) teria preenchido os cartões de vacinação. A fim de oficializar a falsa vacinação, os dados dos cartões foram inseridos no site SUS em um posto de saúde em Duque de Caxias. No entanto, o lote de vacinas informado foi enviado para Goiás, e o sistema rejeitou as informações. Foi então que começou uma troca de mensagens de Mauro Cid com seus auxiliares. Por essas mensagens a Polícia Federal soube que foi necessário conseguir um novo número de lote de vacinas. Até então, a PF não sabia que os cartões de Jair Bolsonaro e da filha tinham sido fraudados.

Leia também:
PF faz buscas na casa de Bolsonaro e prende Mauro Cid, ex-ajudante de ordens


Após alterar o número de lote das vacinas, os dados foram inseridos no SUS, os arquivos foram baixados e impressos. Em seguida, os dados registrados no Ministério da Saúde foram apagados.

Assim, os investigados tinham em mãos dados oficiais com a falsa informação de terem sido vacinados com dose única da vacina Jansen. 

Crimes
Os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

Após a saída dos policiais, Jair Bolsonaro declarou à imprensa que 'não existe adulteração da minha parte, eu não tomei a vacina'. Ainda segundo ex-presidente, seu celular 'não tem senha' e foi apreendido pela PF.
 

Informe seu email e receba notícias!

Sitevip Internet