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Militares temem futuro com Lula, mas descartam golpe ou intervenção

VIDA QUE SEGUE

31/10/2022 - 11:38 | Atualizada em 31/10/2022 - 13:28

Redação

Militares temem futuro com Lula, mas descartam golpe ou intervenção

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

A vitória de Luiz Inácio Lula da Silva desencadeou uma série de conversas telefônicas e em grupos de WhatsApp entre oficiais militares de patentes abaixo do generalato desde o anúncio do resultado – todas em tom de frustração e temor com o destino das Forças Armadas sob o novo governo, noticia O Globo.

Entre generais de alta patente, porém, não há nenhuma ameaça ou sequer cogitação de resistência ou intervenção militar em favor de Bolsonaro.

"Os generais de quatro estrelas estão 'sentados' na Constituição", afirma um dos três interlocutores dos integrantes do Alto Comando do Exército com quem conversei de ontem para hoje.

Outro resumiu assim o ânimo entre os dezesseis generais de quatro estrelas: "O clima é de absoluta normalidade. Vida que segue".

Um terceiro, general já na reserva, contou que já há algumas semanas emissários de Lula têm sondado o ambiente na força, em cafés e almoços aparentemente despretensiosos, mas que serviram para mandar aos militares sinais de que Lula vai atuar para acalmar os ânimos entre o Executivo e as Forças Armadas.

Abaixo do generalato, porém, há frustração com o que muitos deles chamam de "falta de consciência" ou mesmo "ignorância do povo", que não teria entendido "o que estava em jogo" na eleição.

Parte dos coronéis e generais teme ainda uma suposta desestruturação das Forças Armadas por meio da intervenção nas escolas de formação e na promoção de oficiais.

Muitos ainda não esqueceram nem perdoaram duas iniciativas do governo Dilma, lembradas ontem nos grupos de militares.

A primeira foi a instalação da Comissão Nacional da Verdade. A outra, um decreto assinado em 2015 que transferindo atribuições dos oficiais para o ministro da Defesa, na época o petista Jaques Wagner.

O decreto, que depois foi revogado, tirava das Forças Armadas a autonomia para a reforma de oficiais, a transferência para a reserva remunerada e até a escolha de capelões.




 

 

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