16/08/2013 - 10:15
G1
Novos confrontos entre policiais e manifestantes islamitas são registrados nesta sexta-feira (16) no norte do Egito, segundo as forças de segurança.
No Cairo, milhares de manifestantes convocados pela Irmandade Muçulmana estão marchando nas ruas, pedindo o fim da ditadura militar no país.
Também ocorrem protestos em outras grandes cidades egípcias.
O país vive um clima de divisão entre simpatizantes do presidente deposto Mohamed Morsie as forças de segurança, que deixaram centenas de mortos na quarta-feira.
Mas o país está sob estado de emergência, decretado após a repressão violenta aos acampamentos de manifestantes ligados ao grupo político de Morsi.
O governo autorizou a polícia a usar balas de verdade para atuar em autodefesa contra manifestantes, aumentando ainda mais o clima de tensão.
Exército e polícia vão lidar "com firmeza" contra qualquer violação da lei, informou nesta sexta (16) a TV estatal egípcia.
"Apesar da perda de mártires e feridos, os crimes do regime golpista nos fazem insistir em nossa rejeição a este governo", diz um texto da Irmandade Muçulmana, que ressalta que a luta "é um dever islâmico, patriótico e moral".
Prevendo possíveis distúrbios, o Exército reforçou sua presença no centro do Cairo, principalmente nas imediações da Praça Tahrir e nas pontes sobre o Rio Nilo. Horas antes do início das manifestações, militares já circulavam pelas ruas do centro da capital e de outros locais "estratégicos", segundo o governo.
Todas as ruas que dão acesso à Praça Tahrir foram bloqueadas pelos militares, que, além dos reforços, também enviaram diversos carros blindados à região.
Os soldados também cortaram o tráfego em algumas pontes do Cairo, embora a 6 de outubro, uma das principais da capital, seguem com a pista liberada.
A organização "Tamarrud", instigadora dos protestos prévios ao golpe de estado que depôs o presidente islamita Mohamed Morsi, encorajou os cidadãos a formarem comitês populares para proteger as ruas e os templos religiosos.
Em entrevista à televisão estatal, um dos dirigentes do grupo, Mahmoud Badr, considerou que "há um grande perigo para o povo egípcio" e, por isso, encorajou os cidadãos saírem às ruas.
O Egito se encontra em uma espiral de violência desde a manhã da última quarta, quando a polícia realizou uma operação para desmontar acampamentos islamitas em duas praças da capital.
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