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Trabalhadores da CAB entram em greve em Cuiabá

30/05/2013 - 10:39

Cícero Henrique

Foram infrutíferas as negociações entre funcionários da CAB Cuiabá e a direção da empresa. Os trabalhadores entraram em greve na quarta-feira, 28. A negociação acerca da extensão do plano de saúde aos dependentes foi suspensa depois que a empresa, segundo sindicalistas, resolveu retirar as horas extras dos trabalhadores do setor administrativo e transformar em banco de horas.

A CAB condicionou o plano de saúde extensivo aos dependentes à retirada das horas extras para o setor administrativo que tem aproximadamente 200 trabalhadores. Isso gerou o impasse e a categoria decidiu pelo início imediato da paralisação.
 
A CAB também se recusou, segundo os trabalhadores, a conceder ganho real para os funcionários propondo repor apenas o percentual da inflação do período, em torno de 7,4%. “Só aceitaram repor a inflação para quem ganha té R$ 5 mil enquanto os servidores que ganham mais de R$ 5 mil receberiam só 6,4% de reajuste, ou seja, aumento que nem repõe a inflação”, afirma  Ideueno Fernandes de Souza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Saneamento Ambiental de Cuiabá (Sintaesa).
 
Ontem,28, foi realizada audiência no Tribunal Regional do Trabalho para informar à Justiça que o percentual de funcionários que devem trabalhar durante a greve está sendo cumprido. 
 
A CAB por sua vez, alegou à Justiça que a decisão não está sendo respeitada pelos grevistas, mas o sindicalista garantiu que estão sim cumprindo a decisão proferida pelo presidente do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT), desembargador Tarcísio Valente no dia 21 deste mês.
 
O magistrado obrigou o sindicato, na decisão, a manter o mínimo de 60% dos empregados trabalhando para atender os serviços de tratamento e distribuição de água e outros 30% nas atividades de atendimento ao público, faturamento, leitura e arrecadação. “Estamos cumprindo com um número bem maior de funcionários do que o determinado pela Justiça. Nas estações de tratamento e distribuição de água estamos com 100% dos funcionários trabalhando, porque só 60% comprometeria os trabalhos e informamos isso para a Justiça durante a audiência”, garante Ideueno.
 
Nos setores admistrativo, comercial, de leitura, corte e religação, informa o presidente do Sintaesa, 30% dos funcionários estão trabalhando. 
 
Segundo o sindicato, a CAB Cuiabá tem 550 funcionários dos quais mais de 200 são de 3 empresas terceirizadas. Deste total, cerca de 250 aderiram à greve enquanto o restante continua trabalhando para cumprir a decisão judicial. 
 
A próxima audiência entre o Sintaesa e a CAB está marcada para esta sexta-feira (31) às 14h no TRT. O encontro será intermediado pelo Ministério Público do Trabalho e por um magistrado do TRT.
 

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