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Professores de cinco municípios decidem entrar em greve

11/05/2013 - 11:30

Redação

 Cinco cidades de Mato Grosso já deliberaram greve por tempo indeterminado nas redes municipais. Em Sinop, Jangada, Curvelândia e Colniza os trabalhadores permanecem em luta por garantia do piso salarial, adequação do plano de cargos, carreira e salários (PCCS), além de melhorias para as escolas. Em Várzea Grande os servidores iniciam a paralisação na próxima segunda-feira (13) intensificando o movimento no Estado em prol de condições dignas de trabalho aos profissionais da educação.

Esta semana os 570 profissionais de Colniza (1.065 km a noroeste da Capital realizaram assembleia geral e deliberaram pela continuação da greve. A proposta da Prefeitura de pagar a correção de 7,97% em um prazo de 120 dias dividido em 4 vezes não foi aceita pela categoria, segundo o  presidente da subsede Manoel de Souza, já que os educadores estão em diálogo com o Executivo desde 2010.
 
Na última quinta-feira (9) os profissionais de Jangada (80 km ao Norte da Capital) decidiram continuar com o movimento de paralisação. Segundo o secretário de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) Gilmar Soares os educadores consideraram insuficiente a proposta do Executivo.
 
O prefeito pediu 3 meses para avaliar o pedido da categoria, o que foi visto como um sinal de desprezo com os trabalhadores. A pauta tem como reivindicações a cobrança do PCCS e aplicação do piso de R$ 1.175,25 para 30 horas semanais. Hoje a Prefeitura paga o valor inicial de R$ 570 para nível médio. Os profissionais da rede municipal iniciaram greve dia 29 de abril.
 
Em 2009 a categoria realizou uma greve, mas pouco avançou no quesito valorização. Os funcionários ainda reivindicam reestruturação dos prédios escolares que estão com obras abandonadas.
 
Hoje (11) os trabalhadores de Sinop (500 km ao Norte da Capital) se reúnem em audiência com o prefeito para negociar a pauta de reivindicações. Até o momento a categoria não aceitou as propostas feitas de parcelamento do retroativo aos professores e reajuste aos funcionários somente da perda inflacionária.
 
Na última segunda-feira (6) a secretária-geral do Sintep/MT Jocilene Barboza esteve na cidade e participou de Encontro  promovido pela subsede, que discutiu carreira e identidade com os funcionários. "Incentivamos os funcionários a permanecerem na luta pelo reconhecimento da profissão. Narramos a luta durante a década de 80 que unificou os funcionários no sindicato e posteriormente na carreira, diz.
 
As atividades motivaram os funcionários a continuar firme na greve. Jocilene afirma que houve grandes avanços na legislação quanto à valorização dos funcionários da educação. "Com o aparato da lei que temos hoje não há desculpa para os prefeitos negarem a valorização da carreira", completa.
 
Em Curvelândia (311 km a Oeste da Capital) os trabalhadores da educação continuam sem posicionamento da Prefeitura. O presidente do Sintep/MT Henrique Lopes esteve nesta quinta-feira (9) na cidade para acompanhar uma audiência marcada pela manhã e que foi reagendada. O encontro no período vespertino sem a presença do prefeito e da secretária de educação foi considerada uma manobra política.
 
"Demonstra que o prefeito tentou ludibriar a categoria, se utilizando de manobra mudando o horário da reunião. A categoria entendeu como uma falta de respeito e a greve está mantida", diz Henrique. Os educadores de Curvelândia exigem a aplicação do piso e readequação do PCCS.  Na próxima segunda-feira (13) os trabalhadores irão participar da reunião na Câmara de Vereadores e realizam assembleia às 18h. A paralisação iniciou no dia 25 de abril. Esta é a 1ª greve da categoria na cidade.
 
A greve em Várzea Grande inicia na segunda-feira (13) com ato público e assembleia geral às 8h em frente à Secretaria Municipal de Educação (SME). Os trabalhadores de Várzea Grande exigem a revisão do enquadramento de 2010, pagamento de 1/3 terço das férias, pagamento imediato dos salários atrasados, piso salarial, revisão do PCCS e regularização dos contratos temporários.
 

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