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Coreia do Norte ordena que mísseis fiquem de prontidão para atacar bases dos EUA

29/03/2013 - 21:45

O Globo com agências

 Milhares de manifestantes marcharam nesta sexta-feira na capital norte-coreana em apoio a um possível ataque militar contra os Estados Unidos. O presidente Kim Jong-un anunciou o início dos preparativos para atacar com mísseis bases militares americanas na Coreia do Sul e no Pacífico. Em uma reunião de emergência com generais, à meia-noite desta quinta-feira (horário local), o líder ordenou que mísseis de seu país fiquem de prontidão, após dois bombardeiros americanos B-2, com capacidade nuclear, terem sobrevoado a península coreana numa rara demonstração de força. Em resposta às ameaças norte-coreanas, o governo russo advertiu nesta sexta-feira que as tensões poderiam levar a uma perda de controle da situação e disse temer "um círculo vicioso".

O ato foi realizado na praça Kim Il-Sung, em Pyongyang, e reuniu soldados, ex-combatentes, trabalhadores e estudantes. Kim Jong-un não estava presente. Segundo a agência estatal norte-coreana, a KCNA, o presidente disse que "chegou a hora de acertar as contas com os imperialistas americanos, tendo em vista a situação vigente".
 

"O voo de bombardeiros indica que a hostilidade dos EUA contra a Coreia do Norte entrou numa fase temerária, indo além do estágio de ameaças e extorsão", afirmou Kim, segundo a KCNA.
 

Kim ordenou suas forças a estar em estado de alerta para atacar a parte continental dos Estados Unidos, Coreia do Sul, Guam e Havaí, informou a imprensa estatal.Trata-se da mais recente de uma série de ameças vazias feitas pela Coreia do Norte, incluindo algumas altamente improváveis da atacar com armas nucleares os Estados Unidos. Especialistas acreditam que o país asiático está longe de desenvolver mísseis com ogivas nucleares que possam atingir os EUA.
 

Dezenas de milhares de norte-coreanos participaram de uma manifestação de 90 minutos na praça principal de Pyongyang para apoiar a convocação de Kim às armas. Gritando "morte aos imperialistas norte-americanos" e "eliminem os agressores americanos", soldados e estudantes marcharam na Kim Il Sung Square, no centro de Pyongyang.
 

Os dois B-2 Spirit partiram da Base Whiteman da Força Aérea do estado americano do Missouri e dispararam munições artificiais contra um alvo no território sul-coreano, segundo um comunicado das forças americanas mobilizadas na Coreia do Sul.
 

Em comunicado, as Forças Armadas americanas disseram que o voo foi realizado no âmbito de exercícios conjuntos organizados todos os anos entre as forças americanas e sul-coreanas, "demonstra a capacidade dos EUA de realizar ataques a grandes distâncias, rápidos e quando quiser".
 

Muitos analistas dizem que não há evidência de que os mísseis de Pyongyang possam chegar ao território continental dos Estados Unidos. No entanto, a Coreia do Norte segue sendo imprevisível, e suas ameaças certamente aumentam as tensões dado o arsenal com que conta: mísseis de curto e médio alcance que podem atingir a Coreia do Sul. Além disso, Seul está muito perto da fronteira fortemente armada que separa as duas Coreias. Existem temores de um confronto naval nas disputadas águas do Mar Amarelo. Desde 1999, já ocorreram três enfrentamentos deste tipo.

 




 

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