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Jornalista publica carta aberta e ratifica denúncias contra senador Pedro Taques

29/03/2013 - 13:15

Cícero Henrique

Por meio de carta aberta contundente o jornalista mato-grossense José Marcondes (Muvuca) deu por encerrada sua batalha com o senador Pedro Taques (PDT). Desde 2011 Muvuca vem publicando artigos sobre suposto envolvimento do senador com a máfia dos combustíveis. Chegou a oferecer representação contra Pedro Taques junto ao Ministério Público Federal e Supremo Tribunal Federal acerca de fatos que configurariam, a seu ver, crimes de formação de cartel e ofensa à lei anti-truste, a lém de ilícitos eleitorais. Os pedidos foram arquivados.

A carta aberta endereçada aos mato-grossenses e ao senador Taques está publicada na página da rede social Facebook, onde vem recebendo dezenas de comentários com apoio e incentivo.
 
Muvuca reconhece publicamente ser usuário de drogas e sustenta a veracidade das denúncias publicadas. 
 
"Desde ontem, quando seu advogado disse ao mundo que sou usuário, não tenho mais nenhuma credibilidade para falar de você. Embora eu não possa me furtar de enviar aos mais de 500 veículos de comunicação do meu estado e outros tantos do Brasil, os levantamentos que fiz sobre sua conduta pública. E olha que, salvo a incredulidade do denunciante, o senhor terá muito a se explicar, hein!", sustenta o jornalista.
 
Além do envio de documentos para os sites e jornais, Muvuca anunciou que publicará os mesmos nas redes sociais, "para evitar a manipulação de jornalistas tendenciosos e nem veto nos comentários".
 
Muvuca denuncia na carta a estratégia usada pela defesa do senador Pedro Taques: "O senhor venceu. Repito, usando o aparato judicial e invadindo minha vida particular, mas venceu. Parabéns!". Mais adiante, complementa: "O jornalista pode não ter crédito, mas os documentos sim. O povo precisa saber!".
 
REFLEXÃO
O caso remete à necessidade de o senador responder à sociedade acerca das denúncias apresentadas (Art. 17 da Constituição Federal). Os contornos tomados na disputa jornalista-senador na esfera judicial precisam ser esclarecidos ante a suspeita de fazer uso de sua influência junto a juízes e da própria Polícia Federal. Por muito menos Luiz Antônio Pagot perdeu o cargo de Diretor do Dnit e Demóstenes Torres teve o mandato cassado por ser amigo do bicheiro Carlinhos Cachoeira e dele ter recebido presentes. Todas as denúncias devem ser imparcialmente investigadas. 
 
Outro ponto que precisa de relexão é o uso de informações pessoais. Quando uma autoridade expõe informações pessoais e sobre a saúde de um jornalista nada acontece. Mas, se acontece o oposto, há uma chuva de ações por danos morais. 
 
O senador Pedro Taques precisa dar uma coletiva de imprensa para responder as acusações de que foi alvo e não reponder apenas por meio de sua assessoria  ou advogado. A repercussão de sua palavra, pessoalmente, tem maior peso.
 
É preciso lembrar que o senador deixou de ser procurador da República quando optou por candidatar-se ao Senado. Na qualidade de servidor público eleito pelo voto popular precisa esclarecer a sociedade sobre as acusações.
 
A maioria dos deputados e senadores reúne a imprensa, com coffee break, para divulgar projetos e assuntos de seu interesse, mas para responder aos questionamentos da imprensa e da sociedade, o faz por meio de releases superficiais e advogados.
 
OUTRO LADO
Por meio de sua assessoria o senador Pedro Taques informou que "Não é uma discussão entre jornalista e senador. Não podemos ficar inertes a ameaça pois trata-se de um caso de saúde pública. Não sabemos o que uma pessoa sob o efeito de entorpecentes e que faz uso de armas é capaz de fazer" (A Gazeta).
 
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