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A ELITE E O AGRO PRESENTES NO ATO DE BOLSONARO

08/04/2024 - 15:24 | Atualizada em 08/04/2024 - 18:05

Cícero Henrique

A ELITE E O AGRO PRESENTES NO ATO DE BOLSONARO

Foto: Cícero Henrique/Caldeirão Político

Durante o evento de Jair Bolsonaro na manhã desta segunda-feira (8), o público presente, cerca de 3 mil pessoas, representa a 'bolha' do bolsonarismo no Estado.

Muitos idosos, empresários do agronegócio, um público de alto poder aquisitivo. Nas imediações, automóveis de luxo estacionados.  

Durante a manifestação não se viu a participação da massa, e isso ficou evidente com a ausência de disponibilização de transporte público para que o povo, os moradores da periferia, comparecessem. Os mato-grossenses apoiadores do bolsonarismo são pessoas da elite. Apesar do feriado de aniversário da Capital, o público ficou muito aquém do esperado pelos organizadores, 10 mil pessoas. 

Por esse ponto, o apoio de Jair Bolsonaro à pré-candidatura de Abilio Brunini a prefeito de Cuiabá pode não ser decisiva. Sem o voto da maioria assalariada é improvável se eleger. Para chegar lá, o deputado Abilio precisa rever os erros cometidos na eleição anterior, se aproximar do povo, demonstrar mais humildade e menos agressividade.

Gestão Bolsonaro, um paraíso para poucos

O governo de Jair Bolsonaro (PL) foi um paraíso – mas apenas para os 15 mil brasileiros mais ricos, que correspondem a apenas 0,01% da população. É o que aponta uma nota técnica publicada pelo Observatório de Política Fiscal do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

De autoria do economista Sérgio Gobetti, o estudo mostra que a renda dessa elite brasileira praticamente dobrou de 2017 a 2022. O crescimento médio, no período, foi de 96%. É quase três vezes o avanço registrado na renda dos 95% mais pobres, que saltou apenas 33%, em média.

Para o economista, dois fatores contribuíram especialmente para uma desigualdade maior: o salto na renda do agronegócio, que é pouco taxada; e a disparada no pagamento de lucros e dividendos, “que passou de R$ 371 bilhões em 2017 para R$ 830 bilhões em 2022”. O Brasil é um dos poucos países que isentam de impostos quem recebe dividendos.

 
 

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