A Polícia Federal cumpriu hoje 12 mandados de busca e apreensão e três de prisão na Operação Murder Inc. que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes no dia 14 de março de 2018.
A PF apura as
obstruções e pistas falsas plantadas para desviar o foco da investigação.
Presos:
- Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado,
- Chiquinho Brazão, deputado federal do RJ,
- Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.
São alvos de busca e apreensão endereços ligados a:
- DOMINGOS INÁCIO BRAZÃO;
- JOÃO FRANCISCO INÁCIO BRAZÃO;
- RIVALDO BARBOSA, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro;
- GINITON LAGES, titular da Delegacia de Homicídios à época do atentado e o primeiro a investigá-lo, e um de seus principais subordinados. Foi afastado da função;
- MARCO ANTONIO DE BARROS PINTO, policial que já foi responsável pela investigação e hoje afastado da função;
- ÉRIKA ANDRADE DE ALMEIDA ARAÚJO, advogada, esposa de Rivaldo Barbosa;
- ROBSON CALIXTO FONSECA, que intermediou encontro de Ronnie Lessa com os irmãos Brazão.
A PF cumpriu mandados de busca no
Tribunal de Contas do Estado do Rio e na sede da Polícia Civil.
O ex-chefe da Divisão de Homicidio do Rio de Janeiro, Giniton Lages, e o policial Marco Antonio de Barros Pinto, que já foram responsáveis pela investigação do caso Marielle, foram afastados de suas funções.
Giniton é
autor do livro “Quem matou a Marielle”, que detalha os bastidores do assassinato da vereadora, conectando o crime a grupos de milícia que atuam na zona oeste do Rio de Janeiro.
"Conclui-se, assim, que havendo elementos suficientes da participação de Giniton Lages e Marco Antonio de Barros Pinto na obstrução das investigações relacionadas ao caso, a eles devem ser aplicadas as medidas cautelares representadas pela Polícia Federal. Do mesmo modo, entende o Ministério Público Federal ser cabível a suspensão do exercício de atividades econômicas em desfavor de Erika Andrade de Almeida Araújo, pois os elementos destacados às fls. 388/413 do relatório final indicam a utilização de pessoas jurídicas para a lavagem de recursos provenientes dos crimes antecedentes praticados por Rivaldo Barbosa", diz trecho do parecer do PGR.
PLANEJAMENTO DO CRIME
O relatório da PF destaca que, antes mesmo de ser nomeado
chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro,
Rivaldo Barbosa planejou com os mandantes como se daria o homicídio.
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Operação antecipada
A operação foi antecipada por risco de fuga dos envolvidos e familiares, depois que o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski anunciou, em pronunciamento, a homologação da delação de Ronnie Lessa pelo STF.