Caso os vereadores rejeitem mais uma vez a instalação de comissão processante, ficará evidente  que são coniventes com a roubalheira na prefeitura”, disse o vereador Dilemário
 
Desde que surgiram denúncias de desvio de dinheiro público na gestão do prefeito Emanuel Pinheiro, 16 pedidos de instalação de comissão processante foram protocolados na Câmara Municipal, mas todos foram rejeitados pelos vereadores da base de Emanuel.  
 
O vereador Dilemário Alencar (Podemos) comemorou a decisão da maioria do colégio de lideres da Câmara Municipal que aprovou nesta segunda-feira (11) a inclusão na pauta de votação da Casa de Leis de pedido de instalação de comissão processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

O pedido será votado na sessão ordinária desta terça-feira (12). Os vereadores que votaram a favor da inclusão na pauta foram Dilemário Alencar (Podemos), Demilson Nogueira (PP), Sargento Joelson (PSB), Felipe Corrêa (Cidadania), Michely Alencar (UB). Marcus Brito (PV), Pastor Jeferson (PSD) e Pastor Eduardo Magalhães (Republicano).  O vereador Sargento Vidal (MDB) votou contra e a vereadora Edna Sampaio (PT) se ausentou.

“A imensa maioria da população cuiabana está indignada com a volta do prefeito para o local do crime, porque as provas apontadas pelo Ministério Público são contundentes e graves. Somente na secretaria de saúde existem fortes provas de desvio de R$ 220 milhões, imagina o valor da roubalheira em todas as secretarias da prefeitura?”, indagou o vereador Dilemário.

Desde que surgiram denúncias de desvio de dinheiro público na gestão do prefeito Emanuel Pinheiro, 16 pedidos de instalação de comissão processante foram protocolados na Câmara Municipal, mas todos pedidos foram rejeitados pelos vereadores que dão sustentação ao prefeito.

Na avaliação de Dilemário, depois do segundo afastamento pela justiça e do agravamento do desgaste do prefeito, bem como da proximidade da eleição, o parlamentar crê que pelo menos 15 vereadores votarão pela instalação da comissão.

“Os vereadores não podem mais ser omissos diante a usina de escândalos de corrupção que virou a Prefeitura de Cuiabá, pois só existe prefeito corrupto de uma cidade se a maioria dos vereadores for conivente”, pontuou o vereador Dilemário Alencar.

Para ser aprovado o pedido de instalação de comissão processante de autoria do vereador Felipe Correa (Cidadania), o quórum é de maioria simples, ou seja, dos 25 vereadores, é necessário o voto de 13 vereadores.
Caso seja aprovada a instalação da comissão, será feito um sorteio entre os vereadores para a composição da comissão, que será composta por três parlamentares, onde terão o prazo de até 90 dias para promover investigações e no final emitir relatório pedindo a cassação ou não do prefeito Emanuel Pinheiro. Para cassar mandato de prefeito, é preciso o quórum de dois terços, ou seja, 17 votos dos vereadores.