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Predominam pré-candidatos da Assembleia de Deus e Universal do Reino de Deus em Mato Grosso

CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE

08/03/2024 - 11:52 | Atualizada em 09/03/2024 - 19:34

Cícero Henrique

Predominam pré-candidatos da Assembleia de Deus e Universal do Reino de Deus em Mato Grosso

Foto: Reprodução

As igrejas evangélicas em Mato Grosso e no Brasil são grandes influenciadoras quando o assunto é política, especificamente as Assembleias de Deus e a Universal do Reino de Deus, lideradas internacionalmente pelo Bispo Edir Macedo. Vale lembrar que o segmento cresce a cada ano e, conforme indica uma liderança, se for contabilizar todas as denominações, atualmente são mais de 35% da população em todo o Estado de Mato Grosso.

As igrejas tendem a apoiar aquele (a) candidato (a) cujo discurso mais se aproxima dos princípios defendidos por elas, que estão descritos, segundo os evangélicos, na Bíblia Sagrada, que é o seu manual de fé. Contudo, o candidato não precisa ser necessariamente um membro, mas alguém que se comprometa com o que a igreja defende.

Neste contexto, as Assembleias de Deus se mostram uma potência, pois estão presentes em praticamente todas as cidades e vilarejos do país. E, quando falamos de política, não há como não reconhecer a força dessas denominações no jogo político. Em algumas situações, elas impactam diretamente no resultado de uma eleição, pois os seus líderes geralmente mantêm influência sobre os membros.

No caso das duas igrejas citadas, elas participam diretamente do cenário político lançando candidatos que preferencialmente pertençam à igreja, ou em último caso, apoiando alguém que se comprometa com as causas defendidas por elas. Em Cuiabá, por exemplo, temos dois candidatos cristãos, Eduardo Botelho (UB) e o deputado federal Abilio Brunini (PL) que é da Igreja Assembleia de Deus. Além disso, existem vários vereadores, deputados federais, estaduais e senadores que são eleitos sob a bênção dessas igrejas.

Um personagem de dentro da Assembleia de Deus, que pediu para não ter o nome citado, relatou ao site Caldeirão Político que há alguns anos, o domínio do pastor sobre o rebanho era maior, e que hoje muitos evangélicos já não votam mais em um candidato somente porque o pastor pediu. Porém, ele confessa que em muitos municípios, principalmente mais afastados da capital, esta prática ainda é bem comum. Entretanto, ele destaca que em alguns municípios, na Assembleia de Deus os membros ainda são obedientes aos líderes e, de acordo com esse personagem, qualquer candidato que tenha o apoio da igreja, tem grandes chances de ganhar a eleição.

Por ser um grande reduto eleitoral, muitos candidatos aparecem em épocas de campanhas em busca do apoio dessas igrejas. No entanto, segundo informam as lideranças a prioridade é para aqueles que são membros assíduos e não apenas frequentadores e aventureiros que caem de paraquedas em épocas de eleições. Todavia, caso a igreja não tenha nenhum nome, candidatos que não professam a mesma fé podem receber apoio.

Para o deputado federal Abilio Brunini, a maior preocupação da igreja é eleger políticos para o legislativo, pois é lá onde as leis são feitas. “Não podemos esquecer que cada segmento da sociedade tem sua representatividade nas casas de leis, seja municipal, estadual ou federal, e a igreja, como sendo um segmento, também tem os seus representantes”, lembra.

As lideranças ouvidas pela reportagem reforça a ideia de que os evangélicos precisam estar unidos na escolha de seus parlamentares e destaca que nesse caso não existe nomenclatura de título, mas sim o que pensam em comum que, de acordo com ele, são os princípios descritos na Bíblia Sagrada.

Em Várzea Grande

Já em Várzea Grande vários pré-candidatos a vereador são evangélicos. Para a disputa pela prefeitura, Flavia Moretti não é evangélica, mas é católica e ligada ao PL, onde a maioria é de evangélicos.


 
 

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