Com as altas taxa de covid em vários municípios, o deputado estadual Júlio Campos (União) sugeriu à Secretaria de Estado de Saúde (SES) e às prefeituras, tanto das regiões mais afetadas quanto as demais, que façam uma teleconferência para discutir a viabilidade ou não da suspensão do carnaval de rua e nos clubes.

O deputado entende que a situação deve ser discutida com profundidade, inclusive com a participação do governador Mauro Mendes e de autoridades da área de saúde externa aos meios institucionais.

Júlio Campos observa que após a pandemia o sistema de saúde para atendimento à covid foi parcialmente desmobilizado em razão da taxa zero de procura e ocupação, e que no retorno da doença no começo deste ano, o sistema SUS em Mato Grosso não está preparado para o caso de necessidade de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI), “nem mesmo nos hospitais regionais que recebem pacientes residentes em sua área”.

Em janeiro a covid levou 23 mato-grossenses à morte e há outros casos fatais que permanecem em investigação laboratorial. Além dessa doença, e paralelamente a ela, Mato Grosso registra alta taxa de dengue, a doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. 

O titular da SES, Gilberto Figueiredo, e o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Léo Bortolin, não se manifestaram sobre a proposta de Júlio Campos.

A preocupação de Júlio Campos é a mesma do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), que defende a não realização do carnaval de rua e nos clubes nos municípios mais atingidos pela doença. Botelho recentemente testou positivo, mas a superou; essa foi a segunda infecção do deputado, que na pandemia foi um dos 22 deputados que foram contaminados, sendo que um, Sílvio Fávero, não resistiu e morreu numa UTI em Cuiabá.