Decano do STF, o ministro Gilmar Mendes defendeu neste sábado (14), em Paris, uma reforma para proibir a nomeação de militares para o comando do Ministério da Defesa. Para o magistrado, a pasta só deveria ser chefiada por civis.
“Hoje, se eu fosse discutir uma reforma importante, eu diria, poxa, uma coisa que até obviamente seria elementar: o Ministério da Defesa não poderia ser ocupado por ministro militar. Teria que ser por um civil. Foi a concepção de Fernando Henrique (Cardoso) quando fez a reforma, mas acabou vacilando no processo de se desenvolver”, disse Gilmar durante o I Fórum Esfera Internacional. As informações são da coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles,
Outra “reforma relevante”, citou o ministro do STF, seria definir “o papel das Forças Armadas” dentro do artigo 142º da Constituição Federal. O trecho foi constantemente utilizado por bolsonaristas para defender que os militares teriam um poder moderador no Brasil.
“Relação estranhíssima”
Em sua fala, Gilmar afirmou que o Ministério da Defesa e o TSE estabeleceram uma “relação estranhíssima” durante o governo Jair Bolsonaro, quando o então ministro da pasta passou a enviar questionamentos ao tribunal sobre o sistema eleitoral.
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