A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (28) a
Operação Pelos Ares para prender traficantes líderes de esquema em Mato Grosso. Segundo a Polícia Federal, a investigação iniciou em 2018, depois da
apreensão de um avião transportando aproximadamente 420 quilos de cloridrato de cocaína, quando um suspeito foi baleado e morto.
Ainda em 2018 a polícia apurou que a droga seria levada para o porto de Santos e de lá para a Europa. O comandante do Ciopaer, tenente-coronel Juliano Chirolli, informou que a aeronave é oriunda o interior de Minas Gerais. “É um avião bimotor Seneca 2 e, assim que a PF identificou a irregularidade no espaço aéreo, definimos a operação para abordar a aeronave”.
Aeronave apreendida em 2018 transportando 420Kg de cloridrato de cocaína
OPERAÇÃO
A ação visa desarticular a associação voltada ao tráfico internacional, com a
prisão dos principais líderes e a sua descapitalização através da apreensão de bens obtidos com os lucros da atividade criminosa e utilizados na lavagem de dinheiro.
MANDADOS
Segundo a PF, 80 policiais cumprem nesta manhã
2 mandados de prisão preventiva, 22 mandados de busca e apreensão e ordem de sequestro de bens imóveis, móveis e valores, expedidos pela 5ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Mato Grosso, nas cidades de
Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Peixoto de Azevedo/MT, Sorriso/MT, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Alvorada/RS e Conceição das Alagoas/MG.
Dois mandados de prisão foram cumpridos em Peixoto de Azevedo (1) e Tangará da Serra (1).
INVESTIGAÇÕES
As investigações tiveram início com a apreensão de 431 Kg de cocaína no município de Denise/MT, além de uma aeronave, armas, munições, entre outros objetos. A partir dos levantamentos realizados Polícia Federal, ficou constatado que a aeronave apreendida foi adquirida por um grupo de traficantes para trazer o entorpecente ao território nacional (na fronteira Brasil/Bolívia pelo estado do Mato Grosso) e posteriormente enviar o material ilícito para a região litorânea do país e depois ao exterior.
Durante as investigações ficaram evidenciadas vultuosas movimentações financeiras incompatíveis com a capacidade econômica declarada dos principais líderes do esquema criminoso, que se utilizam de laranjas no intuito de dar aparência lícita aos bens provenientes do tráfico de drogas. A Justiça autorizou, dentre as medidas, o sequestro de cerca de 40 milhões de reais dos investigados.
A Operação teve apoio da 22º CIAPM de Força Tática do 7º Comando Regional da PMMT e do GEFRON/PMMT.
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