A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (11/8) a Operação Lucas 12:2, que tem o objetivo de esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
Mandados
Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, dois em Brasília/DF, um em São Paulo/SP e um em Niterói/RJ. Os mandados foram autorizados pelo miistro Alexandre de Moraes no inquérito que investiga milícia digital que atua contra a democracia.
Alvos
Há pelo menos quatro alvos:
- o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Barbosa Cid;
- o pai dele, o general do Exército Mauro César Lourena Cid;
- o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti;
- o advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e familiares em diversos processos na Justiça.
Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para
desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior.
Os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em
dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores.
Os fatos investigados configuram, em tese, os
crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar
“milícias digitais” em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal.
O nome da operação é uma alusão ao versículo 12:2 da Bíblia, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido “.