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Presidente de cooperativa de mineração é preso em operação contra exploração ilegal no Parque Nacional

Maquinários e instalações dos garimpeiros avaliados em R$ 4 mi foram destruídos

04/08/2023 - 08:00 | Atualizada em 05/08/2023 - 08:59

Da Redação

Presidente de cooperativa de mineração é preso em operação contra exploração ilegal no Parque Nacional

Foto: Divulgação/PF

Polícia Federal em ação conjunta com  o Ibama e o ICMBio   realizou uma operação de combate à extração ouro e desmatamento ilegais no Parque Nacional do Juruena (PNJu), em Nova Bandeirantes, região norte do estado de Mato Grosso. A OPERAÇÃO IBI-ÇOROC foi deflagrada no dia 01/08   teve os trabalhos estendidos até no  final da tarde  desta quinta-feira, dia 03/04.

Equipamentos destruídos
Agentes das três instituições  fizeram infiltrações por terra e constataram grande número de frentes de lavras recém-abertas, flagrando equipamentos de extração instalados e em operação. A fim de estancar as ameaças ao meio ambiente e coibir novas investidas do grupo criminoso, dada a inviabilidade de apreensão, todo esse material foi destruído ou inutilizado, dentre os quais:
  • 5 escavadeiras hidráulicas de médio e grande porte,
  • 10 dragas (conjunto moto-bomba de recalque),
  • além de acampamentos com estrutura de refeitório e alojamento. 
Estima-se um prejuízo imediato aos infratores que ultrapassa R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais).

Prisão
Durante a operação, houve a prisão do Presidente da Cooperativa de Mineração de Nova Bandeirantes/MT (COOPERRIOS), responsável por uma grande área de garimpo na região, que operava ilegalmente sem autorização de lavra da Agência Nacional de Mineração (ANM). A pena somada dos crimes referentes ao garimpo ilegal pode chegar a 6 anos de prisão.

Imagens de satélites do Programa Brasil M.A.I.S. de áreas objeto de investigações da Polícia Federal e de autuações e embargos do IBAMA e do ICMBio mostraram que garimpeiros e grileiros de terras da região continuavam a praticar delitos com potencial de devastação de áreas protegidas de grande valor ambiental.

Nas apurações, verificou-se que, ao se apropriarem de terras públicas, os grileiros se  associaram a garimpeiros para exploração da área, promovendo o desmatamento de áreas de floresta primária e degradando igarapés intocados mediante a cobrança de um percentual do minério extraído. 

Os alertas de desmatamento e mineração ilegal emitidos a partir do monitoramento por satélite permitiram aos agentes identificar os crimes em estágio inicial, com localização de 24 novas frentes de lavra, assim como de seus acessos, em um total de 260 ha de áreas recém abertas, sendo 95 ha no interior do PNJu.

Prejuízo
Levantamentos preliminares da perícia da PF apontam a ocorrência de danos ambientais imediatos no valor de R$ 46 milhões só com a mineração e mais de R$ 300 milhões com o desmatamento ilegal financiado pela mineração. 

As investigações e investidas das forças do Estado contra os delitos ambientais continuam, com especial atenção à identificação das lideranças e demais integrantes da associação criminosa, bem como à sua completa descapitalização, inclusive para reparação dos danos impostos à sociedade.

Nome da operação
O nome da operação, IBI-ÇOROC, é um termo em Tupi que significa TERRA RASGADA, uma alusão à ação dos garimpos ilegais que promovem a erosão das margens, o desvio e o assoreamento de cursos de água.
 

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