A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro aprovou, na reunião desta quinta-feira (3) requerimento de convocação do hacker de Araraquara, Walter Delgatti Neto.
Delgatti foi preso pela primeira vez em julho de 2019, na Operação Spoofing da PF. Na época, ele confessou que hackeou o ex-juiz federal, hoje senador, Sergio Moro, o ex-procurador Deltan Dallagnol, e outras centenas de autoridades. Conquistou benefício de liberdade condicional, mas voltou a ser preso por violar a proibição de acessar a internet. Em 2022 se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que indagou sobre a possibilidade de invadir as urnas eletrônicas.
Ontem, foi preso novamente, investigado por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e publicar um falso mandado de prisão do presidente do Trinunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes, assinado por ele mesmo. Segundo Delgatti, a deputada federal Carla Zambelli (PL) forneceu o texto do 'mandado'.
A comissão aprovou mais quatro convocações:
- Adriano Machado, fotógrafo da agência de notícias Reuters, que conseguiu entrar no Palácio do Planalto no dia;
- Cíntia Queiroz, coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF);
- Marcela da Silva Morais Pinno, cabo da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF).
- Luis Marcos dos Reis, ex-ajudante de ordens de Mauro Cid.
