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Organização criminosa indiciada pela Polícia Civil por aplicar golpes de estelionato é denunciada à Justiça

OPERAÇÃO GÊNESIS

09/05/2023 - 16:42 | Atualizada em 10/05/2023 - 11:18

Redação

Organização criminosa indiciada pela Polícia Civil por aplicar golpes de estelionato é denunciada à Justiça

Foto: Polícia Civil-MT

Cinquenta e cinco pessoas investigadas na Operação Gênesis, da Delegacia Especializada de Estelionatos e Outras Fraudes, por constituir organização criminosa para aplicar golpes virtuais, foram denunciadas à Justiça nesta segunda-feira. Os criminosos investigados pela Polícia Civil também respondem pelo crime de lavagem de capitais, que executavam a fim de dissimular a origem ilícita dos valores auferidos.

A denúncia foi encaminhada pelo Ministério Público à 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

A segunda fase da Operação Gênesis foi deflagrada no início de março deste ano, com o cumprimento de 97 ordens judiciais, entre prisões, apreensões e bloqueio de valores e sequestro de bens dos investigados.

A investigação identificou vítimas da organização criminosa em, ao menos, 13 estados brasileiros: Roraima, Distrito Federal, Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.

O inquérito que originou a Operação Gênesis foi instaurado pela DEEF, após a informação de que o investigado O.J.O.S.M., morador do bairro Despraiado, na Capital, estava aplicando diversos golpes na modalidade fraude eletrônica. Ele usava contas bancárias digitais de terceiros para receber o dinheiro dos golpes aplicados, entre eles o do ‘perfil falso de Whatsapp’ e do ‘falso intermediador de vendas’. 

Para executar as ações criminosas, o suspeito recrutava pessoas para que abrissem contas bancárias. Após a abertura das contas, ele passava a administrá-las, instalando os aplicativos dos bancos em seu aparelho telefônico. O dinheiro dos golpes passava a ser depositado nessas contas e, na sequência, era sacado ou transferido para outras contas pelo próprio golpista ou por seus comparsas.

No decorrer da investigação, a Polícia Civil identificou outras pessoas que, de alguma forma, estariam associadas para a prática dos golpes. 

Em julho do ano de 2022 foram cumpridas várias buscas sendo que nesta oportunidade diversos eletrônicos foram apreendidos. Os conteúdos foram analisados pelo Núcleo de Inteligência da delegacia e resultaram em material probatório que deu base à Operação Gênesis. 

“Além da identificação de vários golpes aplicados pelos suspeitos, a investigação apurou a existência de não apenas uma associação criminosa, sendo possível delimitar os contornos de uma verdadeira organização criminosa e, com a divisão de tarefas entre seus membros, instalada para a prática de fraudes eletrônicas” explicou o delegado Pablo Carneiro. 

Além dos golpes de estelionato, foi constatado que o grupo também fazia a lavagem de capitais para dissimular a origem ilícita dos valores, pulverizando o dinheiro em diversas contas de outros membros da organização criminosa.

A equipe da DEEF identificou 19 vítimas lesadas em golpes que foram de valores entre 3.116,00 a R$ 311.490,00. A soma do que foi tomado das vítimas ultrapassa R$ 1 milhão.

 

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