A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou hoje (6) que duas interdições permanecem nas rodovias federais ao país. De acordo com a corporação, o fluxo de veículos está parcialmente interrompido em Santarém, no Pará, e em Pontes e Lacerda, em Mato Grosso.
Segundo a PRF, 1.020 manifestações já foram desfeitas pelos agentes que estão realizando o patrulhamento.
Mato Grosso
O secretário de Estado de Segurança Pública d, Alexandre Bustamante, convocou a imprensa para uma coletiva, a ser realizada neste domingo (06.11), às 14h, na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), Centro Político Administrativo.
O secretário Nacional de Segurança Pública, Carlos Paim, está em Mato Grosso e participará da coletiva.
Segundo informado pela assessoria de imprensa da Sesp-MT, Bustamante vai tratar das manifestações realizadas em Mato Grosso, a troca de informações e o apoio entre as forças de segurança do Governo do Estado e do Governo Federal.
MPF
Na tarde de sábado (5), o procurador0geral da República, Augusto Aras, solicitou ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, reforço adicional da pasta para apoiar a ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), visando o desbloqueio de rodovias.
Mesmo com apenas um ponto de bloqueio, segundo a PRF, a situação é tensa no estado, sobretudo na capital, Cuiabá, e em Rondonópolis, onde manifestantes se concentram diante de quartéis do Exército. Nos municípios de Lucas do Rio Verde, Sinop e Comodoro, embora os bloqueios tenham sido desfeitos pelas autoridades policiais, há sinais da organização de novos bloqueios.
Os acampamentos têm infraestrutura reforçada com tendas, carros de som, banheiros químicos, água e comida.
Identificação dos financiadores
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na segunda-feira (31) o total desbloqueio das rodovias que registraram paralisações.
Moraes, determinou que a PRF informe as multas aplicadas a fim de identificar os donos dos caminhões utilizados para interromper o tráfego nas rodovias federais.
Manifestações são inconstitucionais
Desde a noite do dia 30 de outubro, quando o TSE anunciou a vitória de Lula da Silva (PT), que será diplomado Presidente da República no dia 19 de dezembro, representantes do agronegócio iniciaram bloqueios em rodovias para exigir a intervenção militar no país. Eles alegam fraude nas urnas, o que já foi afastado pelo Tribunal de Contas da União, TSE e organismos internacionais que acompanharam as eleições brasileiras.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, é crime fazer apologia a golpe de Estado.
A
apologia à ditadura militar é crime no Brasil, previsto na Lei dos Crimes de Responsabilidade (Lei 1.079/50) e no próprio Código Penal (artigo 287).