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Presidente tenta blindar os filhos, mas delegada Denisse Ribeiro reuniu provas

Gabinete do Ódio age de forme coordenada para difundir ataques e difundir desinformação

11/02/2022 - 19:07 | Atualizada em 14/02/2022 - 18:48

Da Redação

Presidente tenta blindar os filhos, mas delegada Denisse Ribeiro reuniu provas

Foto: Reprodução/Redes sociais

Entenderam por que o governo Jair Bolsnaro decretou sigilo de 100 anos sobre os crachás de acesso ao Palácio do Planalto emitidos em nome de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP)? É justamente lá que funciona o Gabinete do Ódio, usado pela milícia digital, investigada no inquérito das fake news e das milícias digitais.

É o que revela relatório enviado pela delegada Denisse Ribeiro ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos acima citados.

“Identifica-se a atuação de uma estrutura que opera especialmente por meio de um autodenominado 'gabinete do ódio': um grupo que produz conteúdos e/ou promove postagens em redes sociais atacando pessoas (alvos) – os 'espantalhos' escolhidos – previamente eleitas pelos integrantes da organização, difundindo-as por múltiplos canais de comunicação, em atuação similar à já descrita outrora pela Polícia Federal, consistente no amplo emprego de vários canais da rede mundial de computadores, especialmente as redes sociais”, escreveu a delegada Denisse Ribeiro, que preside o inquérito das fake news e das milícias digitais.

O cruzamento de dados adquiridos mediante quebra de sigilo legal, as oitivas e os documentos obtidos permitem identificar a estrutura montada, os papéis de seus membros e os objetivos buscados, os quais são até aqui indicadores de uma atuação orquestrada, que pratica os fatos descritos com o propósito de difundir os ataques e/ou desinformação, criando ou deturpando os dados para obter vantagens para o próprio grupo ideológico e auferir lucros diretos ou indiretos por canais diversos”, afirmou a delegada.

Fica evidente o porquê Jair Bolsonaro descumpriu a ordem do ministro Alexandre de Moraes para prestar depoimento no Inquérito 4878, que apura o vazamento, pelo presidente, de dados sigilosos relativos a investigações envolvendo o Tribunal Superior Eleitoral. As provas reunidas nos quatro inquéritos que investigam o presidente, compartilhadas, podem impactar fortemente a disputa eleitoral. Por outro lado, o presidente desacatou uma determinação judicial e a consequência jurídica está por vir.
 

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