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Notícias | Executivo

As definições de chapas majoritárias, inclusive das oposições, derivam da articulação de Mauro Mendes

31/05/2021 - 15:37 | Atualizada em 01/06/2021 - 10:36

Cícero Henrique

Os leitores sabem que nenhuma majoritária será montada de maneira completa em 2021, por isso toda e qualquer reportagem ou nota a respeito do assunto é especulativa. O quadro que se estabiliza agora pode ser muito diferente do quadro definido amanhã. Políticos ficam de olho em pesquisas que avaliam tanto a popularidade qunto o desgaste de seus aliados e adversários. As chapas majoritárias, portanto, são definidas tardiamente — daí as conversas intermináveis. O que se recomenda, neste momento, é que as portas sejam mantidas abertas, sobretudo que não se arrombe portas abertas.

Há uma verdadeira peregrinação de deputados federais e estaduais no interior. O objetivo dos líderes partidários é formatar chapas para deputado estadual e federal. Com o fim das coligações partidárias, os partidos estão com dificuldades para conquistar novos candidatos e, ao mesmo tempo, os deputados federais (e os estaduais), notadamente os dos partidos médios (os pequenos devem virar pó), terão dificuldade na reeleição.

Ante a dificuldade imposta pelo fim das coligações — há quem acredite na aprovação do Distritão (o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, já o descartou, mas não decide sozinho) —, os deputados federais (e estaduais) estão trabalhando de maneira redobrada para reforçar as próprias musculaturas.

Como se sabe, as campanhas eleitorais, inclusive as de governador e senador, são movimentadas, em larga medida, pelos candidatos a deputado estadual e federal. Mas, neste momento, a discussão verdadeira, que quase não aparece na imprensa, é a montagem de chapas para o Parlamento. Elas têm de ser constituídas agora, por isso Max Russi, Eduardo Botelho, Júio Campos, Wilson Santos,entre outros, não saem do interior. Às vezes, conversam entre si sobre a possibilidade de uma reconfiguração política.

Quanto às chapas majoritárias, como se disse acima, não serão montadas agora. Portanto, todas as análises são, obrigatoriamente, provisórias. Portanto, deve-se falar em possibilidades — que vão mudando no decorrer do tempo. Numa semana, é um quadro. Na outra, é outro quadro. Não se trata de erro, e sim do “retrato” das movimentações das circunstâncias.

O governador Mauro Mendes (Democratas) é, a rigor, o único postulante majoritário definido para 2022. Ele será candidato à reeleição. Já o disse várias vezes. No momento, está trabalhando para montar a chapa. Está articulando, mesmo sabendo que o momento é mais de conversas do que de definições.

Pode-se falar que Mauro Mendes tem, hoje, “chapas” e não uma chapa definida. Há várias possibilidades. 

As combinações, quando 2022 chegar, podem ser outras completamente diferentes. Porque a realidade é dinâmica: a política é mesmo como as nuvens — que mudam de configuração de uma hora para outra.

O PT quer candidatura própria, aproveitando da candidatura do presidente Lula à presidência da República.

O fato é que, se Mauro Mendes chegar forte em 2022, com o mínimo de desgaste, as oposições terão uma dificuldade imensa de montar uma chapa competitiva para governador. Portanto, é possível enfatizar que a política de Mato Grosso circula em torno do governador.

Mas, insistindo, quanto às montagens das chapas, não se espere que sejam definidas agora. No momento, repetindo o que se disse acima, é hora de articular, negociar e manter a portas abertas. 
 

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