10/05/2021 - 14:18 | Atualizada em 10/05/2021 - 17:04
Redação
Após reunir importantes provas de que, de maneira criminosa, Jair Bolsonaro tentou implementar no Brasil a imunidade de rebanho contra a Covid-19 sem vacinação, provocando mais de 423 mil mortes até agora, a CPI da Covid avança, nesta semana, para esclarecer o atraso na compra de imunizantes.
Como já é notório, além de recusar, em agosto de 2020, uma oferta de 70 milhões de doses da Pfizer, o governo Bolsonaro rejeitou outras 10 propostas, feitas por empresas diferentes. Resultado: até agora, apenas 7% dos brasileiros foram protegidos com as duas doses, e outros 8% receberam a primeira dose. Enquanto isso, faz 49 dias que o país contabiliza mais de 2 mil óbitos diários.
Entre a terça (11) e a quinta-feira (13), a Comissão Parlamentar de Inquérito instalada no Senado espera ouvir o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres; o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Fábio Wajngarten; e a presidente da Pfizer no Brasil, Marta Díez, bem como o antecessor dela, Carlos Murillo (veja agenda de audiências abaixo).
Já Fábio Wajngarten, convocado para falar na quarta-feira (12), também tem muito a explicar à CPI. Desde por que a Secretaria de Comunicação não apoiou a campanha educativa proposta pelo Ministério da Saúde no início da pandemia, conforme revelou o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, até recente entrevista à revista Veja, na qual narrou a falta de empenho do governo na aquisição de vacinas da Pfizer no ano passado.
Embora tenha tentado limpar o nome de Bolsonaro na entrevista e colocar no Ministério da Saúde toda a culpa pela recusa de adquirir doses oferecidas, Wajngarten deixou claro que o governo não comprou a vacina mesmo depois de uma reunião com representantes da empresa da qual participaram o próprio presidente e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Agenda da CPI da Covid
Devem ser ouvidos nesta semana:
19:12
17:32
17:25
17:04
15:40