17/09/2012 - 10:41
Cícero Henrique
Cinco, sete, dez horas. Esperar por uma conexão é comum para quem saiu do Aeroporto Internacional de Cuiabá. De internacional, aliás, ele só tem o nome. Sem voos diretos para os Estados Unidos, Europa e países importantes da América Latina, o único jeito de viajar para outros lugares é esperar, e muito.
E a situação não deve mudar tão cedo. Não há planos para fazer dos voos internacionais a partir de Cuiabá algo menos traumático.
O motivo é simples: mercado, ou melhor, a falta dele. As grandes empresas aéreas, que nos últimos anos deixaram de operar apenas no eixo Rio-São Paulo, ainda não enxergaram Cuiabá e o Mato Grosso como mercados capazes de lotar os 240, 260, 280 lugares disponíveis no Airbus 330 ou um Boeing 767, aeronaves mais usadas para cruzar o Atlântico. Mesmo que a frequência do voo seja semanal. A taxa média de ocupação dos internacionais no Brasil é 79%.
Na opinião do presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviarias, José Márcio Monsão Mollo, se fosse interessante para as empresas ter um voo em Cuiabá, elas já teriam. “Não tem mercado consumidor. As empresas não vão decolar com o risco de o avião pousar vazio. Se Cuiabá tivesse passageiros, o voo estaria operando”, diz.
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