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A mão que afaga, também bate governador

06/12/2017 - 15:36 | Atualizada em 06/12/2017 - 17:02

Cícero Henrique

O fogo amigo, sempre ele, é o maior adversário do governador Pedro Taques(PSDB), nesta fase da campanha, iniciada quando o governador irá disputar a reeleição. Por ora, o jogo é de pressão. Definição, só lá na frente.

A antecipação da largada eleitoral tem o efeito positivo e negativo ao mesmo tempo a uma base de partidos que não merecem confiança. Mas teve a consequência de abrir as rodadas de negociações, para espaços na chapa e em cargos no governo, que só ganhariam fôlego na proximidade das convenções.

Em outras palavras, Pedro Taques colhe os benefícios da campanha antecipada, porém tem que pagar a conta da estratégia de risco máximo. No rastro da dúvida alimentada em torno de sua sustentação eleitoral está o de sempre: a fatura de cada partido, cada grupo, cada um que sempre quer mais.

Favorece essa refrega, que muitas vezes tem ares de chantagem, o caos político vivido pelo País. Como ninguém sabe quem será aliado de quem, ou quais serão os candidatos a presidente, também não é possível prever para que lado legenda, líderes e grupos seguirão no ano que vem.

Em meio ao caos, tudo é possível, porque ninguém é de ninguém. Assim é que o PSD pode se aliar ao PMDB, desfalcando a base de Zé. Mas pode também permanecer firme, mesmo Carlos Fávaro não assegurando sua tão sonhada vaga de senador.

Da mesma forma, nada impede que o DEM faça um acordo nacional de gaveta com o PMDB de Temer, o que deixaria a política Mato-grossense mais confusa ainda. 

Nesse jogo de gato e rato, de interesses muito particulares, longe do público, levará a melhor certamente não o ‘melhor nome’ – qual? –, e sim o negociador mais habilidoso. Paralelo à chamada habilidade política, algo comumente romântico, sempre haverá de prevalecer a habilidade para o pragmatismo eleitoral. Quem pagar mais, levará a melhor.

Em algum momento, os aliados poderão ter de escolher entre colocar em dúvida a candidatura de Zé e colar em Zé, para garantir a sobrevivência política. Será uma escolha entre perder ou ganhar. E há o outro lado da moeda: a mão que afaga aliados é mesma que também apedreja, quando quer, retirando cargos, benefícios e espaços providenciais no governo.

Uma coisa é um governador que se deixa sabotar mantendo ao seu lado os aliados do adversário. Esse filme já vimos. Outro, que faz a sua hora acontecer. É a lei da reciprocidade política.

 

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