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Notícias | Executivo

Pedro Taques: 'Ele não é santo. É um vagabundo que roubou o estado'

01/09/2017 - 09:45 | Atualizada em 01/09/2017 - 10:07

Jô Navarro

O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), declarou em entrevista ao jornal Estadão que deputados da base aliada flagrados em vídeos recebendo propina do ex-governador Silval Barbosa o procuraram para falar sobre o caso.

Perguntado se falou com esses deputados, Taques respondeu: ' Conversei. choraram. Pediram. Disseram ‘é um absurdo’. Eu falei: ‘Amigo, de um ponto de vista ético, isso não tem explicação'.

Sobre os vídeos que mostraram os parlamentares recebendo propina, Taques disparou: 'Nojentos os vídeos dos deputados, do prefeito (Emanuel Pinheiro, de Cuiabá), absolutamente nojento. Isso mostra a degradação da política. mostra que algumas coisas precisam ser mudadas. Não tem explicação para o vídeo. Eles vão ter direito ao contraditório e a defesa ampla. não sei se vocês se recordam, eu apanhei uma situação, eu fui o relator do caso do Demostenes torres na CCJ e no Plenário. Quando um deputado foi pra cima do Demostenes humilhando o Demóstenes, eu fiz a defesa do Demóstenes. Porque o cara tem direito ao contraditório. E eu pedi a condenação do Demóstenes e consegui. porque o cara tem direito ao contraditório. O vídeo é arrasador do ponto de vista político. Na política, não tem presunção de inocência. Presunção tem em processo penal.'

O tucano declarou ter quatro inimigos:  Hidelbrando Paschoal (ex-deputado federal pelo Acre), que eu meti 48 anos nele, Arcanjo, que eu meti 100 anos nele, Riva (ex-deputado de Mato Grosso), e Silval Barbosa. 'Esses são meus inimigos e eu tenho orgulho desses meus inimigos, que já tentaram me matar. Essas pessoas. Eu estou com escolta policial há 12 anos.'

Vagabundo

'O cara rouba R$ 1 bilhão e vai devolver R$ 76 milhões e joga os inimigos políticos dele. Imagine! Como fica? Sou absolutamente favorável a delação, mas isso tem que ser discutido no Brasil. Discutido sem caso concreto, né? Mas, pela academia. Isso tem que ser discutido, não é possível, porque senão daqui a pouco vou falar para a minha filha que o crime compensa. O crime não pode compensar. O cara rouba um bilhão e devolve 76 milhões e vai ficar dois anos em prisão domiciliar na sua cobertura. Dois anos preso e joga para cima de todo mundo. Não podemos criminalizar a política através da delação. Todos esses contratos que a delação pegou a minha administração investigou. Todos. Nós temos que discutir isso sim. Porque o político tem sua intimidade relativizada. Eu defendi isso na tribuna do Senado. O que significa? Eu lutei para ser governador. Pedi voto, precisei da imprensa. Agora, liberdade, com responsabilidade. Eu não posso ser responsabilizado politicamente por um fato que eu não fiz. O tempo do processo é um tempo mais demorado que o tempo da política. Os meus adversários vão usar isso em eleições daqui até 100 anos. E eu vou ter que provar que não peguei esse dinheiro. Como eu vou provar fato negativo? Eu não provo. Hoje, no Brasil, estamos fazendo o seguinte: O cara faz a delação e vira santo. Ele não é santo. É um vagabundo que roubou o Estado. Você pega agora recentemente, hoje saiu a noticia de que a mulher dele roubou dinheiro de caixão de defunto, de óculos, de dinheiro para criança aleijada. Aí, o cara vai devolver 70 e vira santo porque fez delação premiada.', disse Pedro Taques.

Para ler a íntegra da entrevista CLIQUE AQUI

 

 

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