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Notícias | Executivo

Perri determina investigação do atual secretário da Casa Civil

O governo de MT lamentou o vazamento seletivo de decisões antes da notificação formal das partes e lembra que o próprio secretário assinou ordem de abertura de auditoria pela CGE a pedido do governador Pedro Taques.

30/08/2017 - 08:02 | Atualizada em 30/08/2017 - 08:12

Cícero Henrique

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso determinou a investigação do secretário-chefe da Casa Civil José Adolpho Vieira por suposta fraude em protocolo de um ofício assinado pelo ex-secretário de Segurança Pública (Sesp-MT), promotor Mauro Zaque, em outubro de 2015. O documento denunciava um esquema de interceptações telefônicas na modalidade 'barriga de aluguel' por policiais militares. O processo cujo protocolo seria o de número 542635/2015, foi alterado. No sistema de protocolo, sob este número e com a mesma data, consta como cadastrado um documento da Câmara de Vereadores de Juara tendo como destinatária a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística. O documento original não chegou ao conhecimento do governador, segundo informação do Gcom.

Logo que o caso veio a público em reportagem da TV Globo, no dominical Fantástico, Paulo Taques pediu exoneração da Casa Civil e foi substituído por José Adolpho, que era adjunto da pasta.

A Controladoria Geral do Estado (CGE), realizada por determinação do governador Pedro Taques (PSDB), confirmou que houve fraude no protocolo e identificou o servidor Rosinaldo Nunes de Almeida, lotado na Casa Civil, como responsável pela alteração. Esta auditoria e o procedimento investigatório promovido pela Procuradoria de Justiça (PGJ), que apontou que o vereador de Juara entregou o oficio, cujo protocolo foi fraudado, diretamente nas mãos de Adolpho, 15 dias antes da data de entrada no protocolo, basearam o pedido de investigação do secretário-chefe da Casa Civil.

Por meio de nota divulgada na noite de terça-feira, 29, o Gabinete de Comunicação lamentou o vazamento para a imprensa de decisão do desembargador Orlando Perri antes que as partes fossem notificadas. 'O Governo e o secretário só irão se manifestar quando tomarem conhecimento formal do procedimento supostamente determinado pelo desembargador Orlando de Almeida Perri', diz a nota.

Veja abaixo íntegra da nota:

O Governo de Mato Grosso lamenta, mais uma vez, que procedimentos judiciais e do Ministério Público envolvendo apuração de condutas de secretários de Estado sejam ‘vazados’ para a imprensa antes da notificação formal das partes. Por esta razão, sobre a eventual abertura de procedimento investigatório sobre a conduta do atual secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho Vieira, sobre o sistema de protocolo, o Governo e o secretário só irão se manifestar quando tomarem conhecimento formal do procedimento supostamente determinado pelo desembargador Orlando de Almeida Perri.

De antemão, todavia, cabe ressaltar que a auditoria realizada pela CGE (Controladoria Geral do Estado) foi aberta de ordem do governador Pedro Taques em ato assinado pelo secretário José Adolpho, bem como a abertura de PAD (Procedimento Administrativo e Disciplinar) para elucidar as condutas dos servidores lotados no setor.

Cuiabá-MT, 29 de agosto de 2017.
GCOM – Secretaria do Gabinete de Comunicação do Governo de Mato Grosso

 

 

 

 

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