24/08/2017 - 13:05 | Atualizada em 24/08/2017 - 13:26
Jô Navarro
O mais recente capítulo da novela de escândalos que se tornou a delação premiada do ex-governador Silval Barbosa revela o que o Caldeirão Político já havia antecipado: conselheiros do TCE foram envolvidos na enxurrada de delações premiadas.
Leia aqui: Novas operações da PF têm potencial para destruir carreiras e abortar candidaturas
Segundo reportagem da TV Centro América nesta quinta-feira,24, Silval Barbosa relatou que foi procurado pelo conselheiro José Carlos Novelli, em 2012, que teria cobrado R$ 53 milhões para não atrapalhar o andamento das obras do programa MT Integrado. Mais quatro conselheiros teriam sido beneficiados com o esquema que foi marcado por fraudes desde a licitação, passando pela execução e fiscalização.
Segundo o ex-governador, Novelli também teria exigido a entrega de 36 notas promissórias que eram pagas por meio do contrato com a Septu (atual Sinfra), no valor de R$ 15 milhões, referente a desapropriação no bairro Renascer. Foram intermediários, segundo a delação, o ex-secretário Pedro Nadaf e o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), que teria recebido cerca de R$ 1 milhão.
Teria sido o atraso no pagamento da propina a conselheiros do TCE que motivou Sérgio Ricardo a determinar, em 2014, a paralisação das obras do MT Integrado.
Silval declarou ainda que esse esquema começou no governo de Blairo Maggi, com a participação do ex-secretário de Infraestrutura do estado e ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), Luiz Antônio Pagot.
Todos os citados negam ilicitudes.
16:18
14:01
13:33
11:00
10:10