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Notícias | Brasil

Demóstenes volta ao Twitter, mas não ao trabalho

14/07/2012 - 21:37

Déborah Gouthier

Assim como seu suplente e atual senador Wilder Morais (DEM), Demóstenes Torres retornou ao Twitter nos últimos dias. Atendendo a questionamentos de eleitores e procurando esclarecer os aspectos sobre sua cassação no Senado, ele chegou, até mesmo, a conceder uma espécie de entrevista pelo microblog.

Ele foi questionado por diversos usuários, principalmente goianos, mas o maior embate foi com a jornalista Josiane Coutinho. Ela o provocou afirmando que ele ficara calado por meses e, daí em diante, recebeu cerca de dez respostas diretas do ex-senador. Em suas declarações, Demóstenes reafirmou o argumento de que as gravações feitas pela Polícia Federal eram ilícitas e declarou que a sociedade não gostaria de um “julgamento ilegal”.

Ele também citou uma possível campanha feita contra a sua pessoa e criticou o julgamento da mídia diante do caso. A jovem não deixou por menos e concluiu afirmando que não havia sido a mídia que destruiu a reputação do ex-democratas, mas sim sua relação com o empresário Carlos Cachoeira, “seja qual for”. (Leia aqui o diálogo completo)

O retorno de Demóstenes na rede social era bastante aguardado já que, sempre ativo no microblog, ele havia “desaparecido” desde que estourou o escândalo do caso Cachoeira e o consequente envolvimento de seu nome. Suas únicas declarações, desde então, haviam sido ante as críticas publicadas pela revista Carta Capital. Além dos novos “tuites”, ele ainda mudou seu nome de usuário de "Senador Demóstenes" para "Demóstenes Torres".

Entre as mudanças pós-cassação, ele também protocolou nesta quinta-feira (12/7), seu comunicado de exercício no MP-GO (Ministério Público Estadual), onde exercerá cargo na 27ª Procuradoria de Justiça. Entretanto, junto ao comunicado, ele também apresentou pedido de abono e ficará afastado das funções durante cinco dias. O MP explica que este é um direito do servidor, que pode, assim, se ausentar do cargo sem apresentação de justificativa. Como Demóstenes já não apareceu em seu gabinete nesta sexta-feira (13/7), ele só deverá retornar ao trabalho na próxima sexta, dia 20.

Sobre um suposto pedido de licença-prêmio, como chegou a ser publicado na imprensa, o MP nega que tenha havido qualquer requerimento neste sentido por parte do ex-senador. Foi esclarecido ainda que, caso isso ocorra, ainda não é possível calcular o valor ou a quantas licenças Demóstenes teria direito, já que o dossiê funcional do período em que ele esteve no Senado ainda não foi enviado ao órgão. Também foi frisado que, nesse caso, caberá à Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Administrativos analisar esses requerimentos, já que o procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres, é impedido legalmente desse trabalho, por ser irmão do procurador Demóstenes Torres.

 

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