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Notícias | Executivo

Grampos: Pedro Taques acusa Zaque de fraude e nega arapongagem

12/05/2017 - 17:49

Jô Navarro

O coordenador do Gaeco, promotor Marcos Bulhões, divulgou nota hoje,12, negando a informação prestada pelo governador Pedro Taques sobre o arquivamento de investigação da denúncia de suposto esquema de escutas ilegais em 2014. Segundo a nota, as informações apresentadas pelo governador, por meio do Ofício 446/2005, que resultaram no arquivamento do procedimento de investigação, não guardam relação com os fatos que teriam em Cáceres. O Gaeco não forneceu informações sobre o procedimento arquivado.

O escândalos das escutas será revelado em detalhes no programa Fantástico no próximo domingo, 14 de maio. A exoneração de Paulo Taques, primo do governador e seu braço direito desde a campanha eleitoral, é apenas a primeira baixa no Governo de Mato Grosso.

Hoje o advogado José Patrocínio, coordenador jurídico da campanha de Lúdio Cabral (PT) ao governo do Estado, que também foi alvo de escuta ilegal, declarou que o petista foi prejudicado naquela eleição. Para ele, o caso pode resultar no pedido de cassação do registro de candidatura de Pedro Taques. 'Isso é de interese do PT e do PMDB', disse o advogado.

Nota de Esclarecimento do Gaeco

'Diante das notícias veiculadas pela imprensa de que o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) arquivou as investigações sobre a suposta existência de interceptações ilegais na Comarca de Cáceres, o coordenador do Grupo, promotor de Justiça Marcos Bulhões, esclarece que as informações apresentadas pelo Governador do Estado, por meio do Ofício 446/2005, que resultaram no arquivamento do Procedimento de Investigação, não guardam relação com os fatos que teriam ocorrido na Comarca de Cáceres.'

OAB Nacional
Em coletiva à imprensa nesta sexta-feira sobre a investigação em tramitação na Procuradoria Geral da República (PGR) referente a supostas interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso, o presidente em exercício da Comissão Nacional da Defesa das Prerrogativas, Cássio Lisandro Telles, reafirmou o posicionamento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em não tolerar qualquer violação de garantia constitucional.

“Estamos em Mato Grosso para a Caravana Nacional das Prerrogativas e não esperávamos nos deparar com as notícias divulgadas pela imprensa a respeito deste lamentável episódio, que denuncia a quebra ilegal de sigilo das comunicações de cidadãos mato-grossenses”, afirmou Telles.

O presidente da OAB-MT, Leonardo Campos, garantiu que a entidade irá buscar o inquérito que tramitou no Ministério Público Estadual (MPF) e o que tramita na Procuradoria Geral da República (PGR). ele asseverou que serão adotadas condutas para responsabilizar as autoridades que porventura tenham violado a Constituição Federal e a Lei 9.296/96, que dispões sobre as interceptações telefônicas.

Palavra do governador
Em coletiva de imprensa realizada nesta tarde o governador Pedro Taques afirmou que nunca teve conhecimento e nem ordenou a realização de escutas contra ninguém. Segundo ele, a denúncia feita pelo promotor e ex-secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, baseou-se em um documento fraudado.

“Fatos graves ocorreram? Crimes graves ocorreram? Em tese, podem ter ocorrido, mas eu não tive conhecimento. Nunca tive conhecimento”, garantiu o governador.

Pedro Taques voltou a afirmar que decidiu exonerar Paulo Taques da Casa Civil 'para que ele faça a defesa do meu único patrimônio, a minha honra”.

O governador disse ainda que vai representar contra o procurador de Justiça e ex-secretário de Estado de Segurança, Mauro Zaque, no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e na Procuradoria Geral de Justiça. Segundo o tucano, Zaque praticou fraudes para tentar prejudicá-lo. Zaque foi acusado ainda de chantagear o governador para que nomeasse pessoas de seu interesse em determinados cargos.

'Fatos graves precisam ser investigados. Determinei que o secretário Rogers faça a investigação. Vou pedir ainda hoje que o Gaeco suspenda imediatamente as atividades do Guardião*. Se houve interceptação clandestina eu não sei. Precisamos investigar. Eu não sei se meu nome foi interceptado', disse. (*Guardião é o sistema utilizado pelo Ministério Público para fazer as interceptações telefônicas.)

 

 

 

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