'Há duas ilhas em Cuiabá. O Hospital São Benedito é tudo de bom, o PS tudo de ruim. Isso tem que mudar, ambos precisam ser bons', disse Emanuel Pinheiro, prefeito de Cuiabá. A declaração se deu durante reunião com  servidores do Pronto-socorro de Cuiabá no final da tarde desta segunda-feira, 16, no gabinete do prefeito.

Pinheiro afirmou que algumas ações imediatas serão tomadas e está fazendo uma ‘radiografia’ das condições de trabalho e atendimento no Pronto Socorro de Cuiabá. Logo após assumir o cargo, Pinheiro visitou o PS, onde constatou filas, pacientes nos corredores, mofo no teto e sanitário desativado por falta de manutenção.

A falta de segurança no PS e outras unidades de saúde na capital também foi debatida. Casos de agressão contra enfermeiras e médicos estão aumentando. Na semana passada, médicos e enfermeiros da Policlínica do Bairro Planalto tiveram que chamar a Polícia Militar após serem ameaçados por pessoas que aguardavam atendimento. Ontem uma técnica de enfermagem foi agredida por um paciente no PS e registrou boletim de ocorrência.

Para os servidores, faltam profissioais para atender a demanda crescente de pacientes.'Quando não falta médico, faltam materiais, como álcool, medicamentos', queixaou-se uma enfermeira.

Após a audiência Emanuel Pinheiro falou com jornalistas e anunciou as primeiras ações para enfrentar o problema. 'Quero acertar, humanizar e avançar, sou um prefeito humano', disse Pinheiro.

De início a administração vai focar na ‘portaria’ do PS, agilizando o acolhimento aos pacientes. O aumento do número de leitos, escala de médicos e reparos emergenciais na estrutura física do prédio, além de melhores condições aos servidores serão priorizados.

Quanto a segurança, Pinheiro afirmou que pretende, emergencialmente, instalar uma base policial no PS. Estamos estudando uma solução para garantir a segurança dos profissionais de saúde, disse.

O prefeito reafirmou que os servidores devem ser valorizados e prometeu melhorar as condições de trabalho. Lembrou que muitos estão afastados por problemas decorrentes do ambiente de trabalho. 'Isso precisa mudar', concluiu.