A campanha de Totó Parente a prefeito da capital está à busca de um vice. Pré-condição: que aceite convivência, um misto de político, turista e ex carregador de pasta de Carlos Bezerra. Entre o personagem e o ex-candidato Dorileo Leal, o PMDB ficou com Totó.

Um preço alto a pagar que Dorileo não bancou.

Curiosamente, sua decisão, sim, é que o devolve à esta mesma cena política, mas no patamar em que sempre esteve: a de política com coerência ideológica - algo praticamente em extinção no cenário atual.

A saída de Dorileo Leal, sinaliza para um erro grave na articulação da campanha poeemedebista. E ele está sendo debitado na conta do deputado federal Carlos Bezerra.

Bezerra e PMDB tentam repetir, na esfera estadual, a eclética coalizão que o apoiou no Paiaguás e que garante sustentação - mas também muita dor de cabeça - ao governador Silval Barbosa.Se em Cuiabá, onde tudo parece se diluir na geléia-geral dos interesses, esta fórmula mostra-se problemática, na capital, sua artificialidade acaba de ficar patente. O "vale-tudo-para-ganhar" esbarrou em dois personagens que estão cravados na história da cidade.

Para dar jeito na situação, vai ser preciso bem mais do que simplesmente achar um vice que engula Totó Parente.