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Notícias | Executivo

Haddad processa Pedro Taques e pede sua inelegibilidade por 8 anos

07/10/2016 - 08:13

Redação/UOL

O prefeito de São Paulo e candidato derrotado a reeleição, Fernando Haddad (PT), processou o governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), e outros governadores tucanos. A ação foi protocolada na Justiça Eleitoral de São Paulo no último dia 1º de outubro, véspera das eleições municipais, quando o petista ingressou com pedido de cassação da candidatura do adversário, João Dória (PSDB), hoje prefeito eleito da capital paulista.

Na ação, Haddad acusou Dória de abuso de poder econômico e político na campanha a prefeitura de São Paulo. os advogados lembram que Doria é proprietário de várias empresas que receberam repasses de Estados governados por membros do PSDB, sendo um deles Mato Grosso.

Argumentam que os repasses são fruto da influência política de Doria entre seus colegas de partido. Citam ainda que os recursos governamentais pagos às empresas do Grupo Doria podem ter financiado a campanha do tucano a prefeito de São Paulo.

Além de Taques, outros governadores processados por Haddad são Geraldo Alckmin (São Paulo), Marconi Perilo (Goiás), Beto Richa (Paraná). Segundo a ação, eles estariam colaborando de forma irregular para a campanha de Doria, já que teriam contratado as empresas do candidato. Advogados de Haddad pedem que todos eles sejam considerados inelegíveis pela Justiça pelos próximos oito anos.

Em Mato Grosso, o Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial pagou R$ 498 mil à Doria Eventos Internacionais em 7 de março deste ano, quando João Doria já disputava as prévias para ser o candidato do PSDB na cidade de São Paulo.

A prestação de contas diz que o pagamento foi para a compra de uma cota no evento Lide Business Meeting, em Nova York (EUA), 'no dia 19 de maio de 2016 [...], momento em que serão reunidas as principais lideranças empresariais e representante de fundos de investimentos, instituições financeiras'.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o governo do Mato Grosso afirmou que o repasse foi legal e que a contratação faz parte de uma estratégia para buscar investimentos internacionais. 'A participação no evento em 2015 rendeu ao Estado a garantia de R$ 1 bilhão em investimentos estrangeiros. Sendo assim, a relação é institucional, e não partidária', afirma.

'É importante frisar que o governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), participa do Lide Business Meeting desde 2015, quando o governador Pedro Taques não fazia parte do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Taques se filiou ao PSDB no dia 29 de agosto de 2015', diz a assessoria do governo.

Afirma ainda que 'as tratativas para a contratação se iniciaram em dezembro de 2015, sendo que a autorização para contratação se deu em 6 de janeiro de 2016, momento em que ainda não havia qualquer definição sobre candidaturas em São Paulo do partido citado'.

O advogado de Doria, Nelson Wilians, ratificou que o contrato com o governo de Mato Grosso começou a ser negociado muito antes do lançamento da candidatura do empresário à prefeitura. Confirmou ainda que o evento em Nova York fez parte da estratégia do governo para captação de investimentos.

'O evento do qual o governo do Mato Grosso participou em Nova York, em maio de 2016, fez parte da agenda que constavam outras atividades, como encontro de investidores e visita a frigoríficos', afirmou.

 

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