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Notícias | Executivo

Michel Temer liga para ministro e reafirma manutenção da jornada de 8 horas

09/09/2016 - 09:01

Jô Navarro

O presidente Michel Temer ligou na noite de quinta-feira para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, insatisfeito com a repercussão da informação dada por ele (Ronaldo) de que o governo pretende elevar a jornada de trabalho de 8 para 12 horas. O ministro, na véspera, declarou em reunião com sindicalistas de 9 estados que o aumento da jornada estava previsto na reforma trabalhista.

Segundo o ministro, o presidente ligou na noite de ontem,8,e o orientou a refirmar que não vai elevar a jornada de 8 horas nem tirar os direitos dos trabalhadores.

- Jornada de trabalho, 13° salário, férias e fundo de garantia são direitos consolidados, disse o ministro.

Ronaldo Nogueira destacou, em informativo oficial no portal do ministério, que a proposta de modernização da legislação trabalhista, que será encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional será fundamentada em três eixos: criação de oportunidade de ocupação com renda, segurança jurídica e consolidação de direitos.

De acordo com o ministro, além do contrato de trabalho por jornada atual, teremos outros dois tipos de contrato: por horas trabalhadas e por produtividade. “O contrato por hora de trabalho será formalizado e poderá ter mais de um tomador de serviço, com o pagamento proporcional do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), férias e décimo terceiro salário”, afirmou Ronaldo Nogueira.

Ronaldo Nogueira disse que a proposta vai manter a jornada de trabalho de 44 horas semanais, com a possibilidade de quatro horas extras, chegando a 48 horas semanais. “O freio será de 12 horas, inclusive com horas extras. Não estou falando em aumentar a jornada diária para 12 horas. A proposta prevê que trabalhadores e empregadores possam acordar, em convenção coletiva, como a jornada semanal será feita, para trazer legitimidade aos acordos coletivos. Essa cláusula acordada não poderá depois ser tornada nula por uma decisão do juiz, trazendo segurança jurídica', declarou.

O ministro afirmou mais uma vez que direitos como FGTS, 13º salário e férias não serão alterados. “Não há hipótese de mexermos no FGTS, no 13º salário, de fatiar as férias e a jornada semanal. Esses direitos serão consolidados. Temos um número imenso de trabalhadores que precisam ser alcançados pelas políticas públicas do Ministério do Trabalho. Se é Ministério do Trabalho é a casa do trabalhador, e é nesse sentido que estamos conduzindo a reforma trabalhista”, defendeu.

 

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