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Notícias | Executivo

Governador de MT se mostra contrário à taxação de exportações

15/08/2016 - 14:00

Redação

“Não cabe a um Estado que se diz democrático estabelecer limites para a exportação.” Com essas palavras, o governador de Mato Grosso, Pedro Taques, a exemplo de outras lideranças do setor, posicionou-se contrário à possibilidade de taxação de exportações de produtos agrícolas, defendida pelo governo federal com o objetivo de equilibrar as contas da Previdência Social.

“Vivemos em um Estado em que a Constituição preserva a iniciativa privada. A mão invisível do mercado resolve isso, ou seja, o próprio mercado deve ser o regulador dos negócios”, ressaltou o governador do Mato Grosso, em coletiva de imprensa realizada durante evento em São Paulo (SP).

Sobre sua possível candidatura à presidência da República nas eleições de 2018, o governador do Mato Grosso foi taxativo: “Quero ser um bom servidor público, ajudar da melhor forma o meu Estado para que o meu Estado possa ajudar cada vez mais o Brasil”, esquivou-se com diplomacia.

Ao comentar sobre o fato de o Brasil pouco agregar valor para vender os produtos agrícolas para o mercado externo, Taques afirmou que não julga vergonhoso o país ser um grande exportador de commodities, tanto minerais quanto agrícolas. “Não considero isso um problema, mas concordo que é preciso verticalizar a produção e agregar valor”, acrescentou ele, enfatizando o fato de a indústria gerar muito mais empregos do que o setor produtivo primário.

GARGALOS

Sobre os gargalos que dificultam a industrialização dos produtos agrícolas, em sua região, o governador destacou os problemas de logística, pelo fato de Mato Grosso ser um grande produtor de grãos e ficar distante dos principais centros consumidores do país, seguidos do alto custo da energia e da falta de mão de obra qualificada. “Em algumas cidades do Estado há vagas disponíveis no mercado, porém não há profissionais preparados para trabalhar”.

Segundo o governador, nos próximos 10 anos, o Mato Grosso produzirá praticamente 80% da proteína animal e vegetal do País. “Hoje já produzimos 52 milhões de toneladas de grãos, o equivalente a 27% da produção nacional; no entanto, para continuar evoluindo e produzindo mais para atender à demanda, a mão de obra qualificada será fundamental”, observou Taques.

PECUÁRIA

Taques comparou a pecuária de Mato Grosso com a dos Estados Unidos. “Somente em Mato Grosso, são 30 milhões de cabeças de gado bovino, e, em todos os EUA são 86 milhões, porém, a diferença é que a produtividade americana é muito maior que a nossa, devido aos investimentos e, principalmente, às pesquisas em agricultura de precisão”, justificou. “Para que possamos atingir uma produtividade similar, investir em pesquisa é fundamental, pois eu não vejo como superar esses desafios senão pelo conhecimento”, salientou.

O governador também destacou a sanidade do rebanho, lembrando que o Estado de Mato Grosso está livre da febre aftosa e de outras enfermidades que possam prejudicar o desenvolvimento saudável e sustentável da atividade pecuária.

“Por meio do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso), erradicamos não só a febre aftosa, como também a peste suína clássica, o que nos rendeu um reconhecimento em Paris, há dois meses, o que prova que estamos caminhando na direção correta”, pontuou.

 

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