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Pedro Taques nega recorrer à Força Nacional e anuncia alerta das forças de segurança

11/06/2016 - 14:38

Cícero Henrique

O governador Pedro Taques se reuniu na madrugada deste sábado (11.06), com o comando das forças de segurança de Mato Grosso para tratar sobre a operação integrada contra os ataques criminosos ocorridos na noite de sexta-feira (10.06). Outra reunião foi realizada na manhã deste sábado (11.06), na sede do Governo, no Palácio Paiaguás.

Durante a segunda reunião foi debatida uma forma de retomar as visitas de familiares aos presidiários. 'Vamos continuar em alerta e esperamos que as visitas dentro dos presídios ocorram com tranqüilidade neste domingo', disse o delegado da Polícia Civil Adriano Peralta.

O Governo do Estado anunciou no final da manhã deste sábado que as forças de Segurança permanecerão em alerta durante todo o final de semana e na semana seguinte nas ruas da Capital e da Baixada Cuiabana.

Até o momento, 14 pessoas foram presas, sendo 10 em Cuiabá e Várzea Grande, e outras quatro em Primavera do Leste, onde foram queimadas uma viatura desativada da Polícia Militar e um veículo utilitário.

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Na reunião desta madrugada o governador Pedro Taques declarou: “Estamos todos juntos. Tenho total confiança na capacidade das nossas forças em fazer frente a esta situação. Outros estados já vivenciaram isso. Mato Grosso já enfrentou uma situação semelhante no passado. Vamos vencer. O importante é que demos uma resposta forte e rápida”.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Márcio Dorileo, também participou da reunião e garantiu que a atuação do Governo tem sido integrada. “Temos um processo de greve, mas estamos atuando de forma integrada com as forças de segurança, mantendo as unidades de segurança dentro dos nossos estabelecimentos penais e trabalhando em conjunto com a nossa inteligência para a contenção de eventuais movimentações ou instabilidades dentro das nossas unidades penais”.

Operação integrada

Para combater os ataques criminosos, todas as unidades especializadas foram mobilizadas. Mais de 100 viaturas percorrem as ruas e avenidas de Cuiabá e Várzea Grande, com o apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). Setores de inteligência das forças de segurança também estão atuando desde o início da noite desta sexta-feira. Na sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) foi montado um gabinete de crise.

Visitas nos presídios

A segurança no sistema prisional foi redobrada e segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Márcio Dorileo, o grande desafio nas próximas horas, para retomar o direito as visitas de familiares nas penitenciárias de Mato Grosso, será concretizar a decisão judicial de restabelecimento das demais atividades essenciais que já foram determinadas. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso determinou que os agentes penitenciários mantivessem 70% do efetivo durante a greve, iniciada no dia 26 de maio, e declarou ilegalidade do movimento. O desembargador Rondon Bassil Dower Filho determinou ainda o retorno imediato ao trabalho sob pena de multa de R$ 7 mil por hora de descumprimento.

“Confiamos no bom senso e na razoabilidade do cumprimento da decisão judicial pra que essas visitas sejam asseguradas amplamente a todos a partir de agora”, disse o secretário da Sejudh.

Força Nacional

O governador Pedro Taques não confirmou, até este momento, a chamada da Força nacional para atuar em Cuiabá e Várzea Grande. Nas redes sociais há boatos de que a vinda da Força Nacional teria sido confirmada, mas o Palácio Paiaguás nada mencionou.
Já o secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Roger Elisandro Jarbas, descartou a vinda da Força Nacional.

O deputado estadual Emanuel Pinheiro, que durante esta semana lançou o manifesto 'Força Nacional Já', conquistou o apoio da OAB-MT.

Por meio das redes sociais o deputado afirma que é inadmissível que a população das duas principais cidades do estado se torne refém da onda de violência, em que as pessoas de bem ficam trancadas dentro de casa e os bandidos dominam as ruas.

'Responsabilizo o governador e o secretário de segurança pela omissão, insensibilidade e irresponsabilidade quando politizaram uma realidade tão grave que lida com a vida das pessoas como denunciei. Temos que ir para cima e mostrar a nossa união contra a bandidagem. Por isso, criei o movimento Força Nacional de Segurança Já, um abaixo-assinado para que o governo do estado se sensibilize e acione a força auxiliar.'

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