A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa recebe na manhã desta terça-feira,16, ÀS 9h, o depoimento de Rowles Magalhães, apontado como autor da denúncia sobre suposta propina para trocar o modal Bus Rapid Transit (BRT) para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), na terça-feira (16).

À época dos fatos, Rowles Magalhães atuou como representante do Fundo Infinity, responsável por doar o projeto do VLT, e também foi assessor especial da vice-governadoria do Estado de Mato Grosso.

O depoimento de Rowles é aguardado com grande expectativa, principalmente depois que ele conseguiu, na justiça, o direito de se manter calado e de não ser preso em retaliação caso incrimine algum membro da CPI ou por desobediência e falso testemunho. O lobista teve habas corpus preventivo parcialmente concedido pelo desembargador Dirceu dos Santos, do TJMT. Ele também não poderá ser obrigado a assinar termo de compromisso de dizer a verdade, de ficar em silêncio, de não se auto-incriminar, e de ser acompanhado por advogado, com quem ele poderá se comunicar livremente e em particular. O único ponto pleiteado por Rowles e não concedido pelo desembargador foi o de ter acesso a todos os elementos de investigação da CPI.

Hoje também serão ouvidos o arquiteto e urbanista que à época era membro da Comissão de Licitação do Regime Diferenciado de Contratação (RDC) da Secretaria da Copa (Secopa), Ivan Moreira de Almeida.

Também estão previstos os depoimentos de dois engenheiros civis que atuaram junto à Secopa, Edno Martimiano de Carvalho e Gamaliel Cruz Soares.

Na quarta-feira (17) serão ouvidos a então gerente de aquisições da Agecopa e da Secopa, Ryta de Cassia Pereira Duarte, Marcos de Deus Griggi, à época coordenador de orçamento da Secopa.