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Notícias | Executivo

Governo publica tabela referencial de fretes

24/04/2015 - 09:08

Da Redação

 O governo federal anunciou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai publicou hoje, 24, uma resolução instituindo o procedimento para elaboração da tabela referencial dos custos de fretes. A informação é dos ministérios da Justiça, dos Transportes e pela Secretaria-Geral da Presidência da República.

“O governo federal reitera o cumprimento de todos os compromissos assumidos com o setor, entre eles, a isenção de pedágio para eixo suspenso de caminhões que trafegam vazios, a renegociação de dívidas dos financiamentos do Procaminhoneiro [ modalidade de financiamento de caminhões a longo prazo com recursos e taxas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES] e Finame [ modalidade de financiamento de longo prazo para aquisição e produção de máquinas e equipamentos novos com recursos e taxas do BNDES] e o perdão das multas por excesso de peso dos últimos dois anos”, informa a nota.
 
O anúncio ocorre após a reunião do dia 22 entre caminhoneiros e os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, e dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues. A principal reivindicação da categoria é a aplicação de uma tabela de frete mínimo, de utilização obrigatória na negociação de preços de frete. O pedido não foi atendido pelo governo.
 
Rossetto e Rodrigues apresentaram a tabela referencial, de uso facultativo, como solução para o problema. O uso da tabela obrigatória, explicou Rossetto, é inconstitucional. “A tabela [obrigatória] não tem apoio constitucional e é impraticável. Estudamos muito, nos dedicamos muito, no sentido de examinar uma série de alternativas. Não há autorização constitucional para uma tabela impositiva”, explicou o ministro.
 
Mesmo rejeitada pelos caminhoneiros, o governo manterá a tabela referencial como a melhor saída para estabelecer preços do frete. Caminhoneiros alegam que a tabela referencial não é respeitada e não baliza as negociações de frete.
 
Rossetto argumenta que a tabela proposta pelo governo pode funcionar caso caminhoneiros e embarcadores negociem diretamente, sem a participação de atravessadores. Ele acredita também que a mesa de negociação permanente entre eles e o governo facilitaria as transações comerciais entres as partes e o uso da tabela referencial.
 
Os caminhoneiros se mobilizam, desde a manhã de ontem, em protesto contra o resultado do encontro de ontem. O balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgado ontem às 18h, mostra bloqueios em 17 pontos de dez rodovias federais em cinco estados do país – Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Ceará. Pela manhã, eram 14 interdições parciais.
 
BLOQUEIOS EM MATO GROSSO
Os caminhoneiros continuaram os bloqueios nas rodovias federais de Mato Grosso entre a noite de quinta (23) e manhã desta sexta-feira (24). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as manifestações atingem sete trechos em seis cidades mato-grossenses. Apesar dos bloqueios, os policiais rodoviários afirmam que não existem grandes congestionamentos.
 
Segundo a PRF, os bloqueios são nas seguintes regiões: Lucas do Rio Verde (BR-163, km 688), Nova Mutum (BR-163, km 598), Sorriso (BR-163, km 748), Guarantã do Norte (BR-163, km 1058), Diamantino (BR-364, km 615) e Rondonópolis (BR-364, kms 200 e 206). Em todos esses trechos os manifestantes autorizam somente a passagem de carros, ônibus, ambulâncias e veículos oficiais.
 

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