11/12/2014 - 09:17
Redação
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) lançou nesta terça-feira (9), em sessão de autógrafos no Senado, o livro “Entrevistas”, uma coletânea de entrevistas a jornais, revistas e programas de TV desde 1978, quando foi eleito senador pela primeira vez, pelo MDB. Em 415 páginas, o livro editado pela Gráfica do Senado traz depoimentos marcantes, nas entrevistas concedidas no momento em que os fatos se desenrolavam. Ao agradecer a homenagem, Pedro Simon, que está deixando o mandato destacou o momento que vive o país:
– Chego ao final de uma longa caminhada. Foram 60 anos de mandato e atuei com muito respeito. Hoje estamos iniciando um grande momento na vida brasileira, pois a sociedade está avançando. Aos poucos, o Brasil será aquele que sonhamos — disse Simon. Compareceram à sessão de autógrafos que lotou o salão nobre do Senado, o ministro da Previdência Garibaldi Alves, os ministros Ayres Britto, Marco Aurélio Mello e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares, jornalistas, estudantes e público em geral.
O senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE), que falou em nome do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), classificou Simon como “o maior de todos tempos”.
– O mandato dele é motivo de orgulho. Ele é corajoso em suas ideias e na defesa delas. – elogiou Eunício.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) chamou o colega de “Dom Quixote dos últimos 50 anos”.
– Simon esteve presente nos primeiros passos pelas Diretas Já e consolidou a transição para a democracia. Demonstrou resistência e se manteve firme até os dias atuais. A sua atuação é exemplo para renovar a juventude – enalteceu.
Ivete Simon, esposa do senador, comentou que a trajetória da vida pública do marido foi traçada com ideologia e amor.
– Ele manteve a mesma postura ética ao longo dos anos. Após deixar o Senado, pretende visitar universidades e passar essa ideia aos jovens. – antecipou.
CPI DOS CORRUPTORES
Conhecido por defender a moralidade pública, Pedro Simon foi protagonista dos principais acontecimentos políticos da história recente do país. Um dos organizadores da campanha Diretas Já, o senador coordenou a Comissão Parlamentar de Inquérito do Impeachment do presidente da República e apoiou as manifestações populares de junho de 2013.
O momento em que deixa o mandato coincide com a prisão dos principais empreiteiros do país, acusados de terem criado um verdadeira cartel para fraudar licitações públicas, conforme apojhntam as investigações sobre a corrupção na Petrobras. Desde 1993, Simon defende a criação de uma CPI dos Corruptores, ou CPI das Empreiteiras como também ficou conhecida a proposta.
Em 415 páginas, o livro editado pela Gráfica do Senado é o mais recente de Pedro Simon, autor de 135 obras. Entre elas estão “A impunidade veste colarinho branco”, “Atualidade de Alberto Pasqualini” e “O Senado nos trilhos da história”. Todos os títulos estão disponíveis na Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho, do Senado.
05:25
28/04/2024 - 12:08
28/04/2024 - 11:43
28/04/2024 - 10:46
28/04/2024 - 09:54