À época do anúncio do projeto de revitalização da orla do Rio Cuiabá, conhecido como Porto Cuiabá, em agosto de 2013, o prefeito Mauro Mendes anunciou que buscaria recursos de 'parceiros' para viabilizar a obra. A princípio, a prefeitura deveria investir apenas R$ 5 milhões. Na ocasião, o então secretário de Governo, Fábio Garcia (agora eleito deputado federal), a prefeitura contava com uma emenda destinada pelo senador Pedro Taques, de R$ 2,5 milhões, uma rede atacadista teria se comprometido a investir R$ 5,5 milhões e o governo do estado havia assegurado R$ 10 milhões. Posteriormente, não houve confirmação do investimento da rede atacadista, nem de outros investidores da iniciativa privada. Ou seja, a conta vai para a prefeitura.
O projeto, orçado inicialmente em R$ 28 milhões, devido à demora na execução, certamente custará muito mais.
Em 2013, Fábio Garcia falava em concluir a revitalização 'até a Copa'. Depois adiou para o final do ano. Recentemente a Secretaria de Comunicação informou que 'apenas uma parte', o uro de arrimo, ficará pronta até o final deste ano.
O projeto prevê a revitalização de 1,3 Km da orla do rio Cuiabá entre as pontes Nova e Júlio Müller, com a construção de calçadão, quiosques, um novo aquário municipal, ciclovia e dois pieres. No último dia 31/10, nenhuma empresa compareceu à sessão pública para escolha da empresa que irá tocar as obras de revitalização do Museu Hid Alfredo Scaff, o Museu do Rio, localizado no bairro Porto, na Capital. Aparentemente os empreiteiros não estão dispostos a assumir a obras com os custos previstos pela prefeitura e temem, ainda, levar calote.
Passados 15 meses do anúncio do Projeto Porto, Cuiabá passa por uma grave crise financeira. No ano de realização da Copa do Mundo de Futebol, o município previa arrecadar mais do que efetivamente arrecadou. Deve fechar o ano com até R$ 50 milhões a menos, puxado pela queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), na arrecadação do Imposto sobre Transações Imobiliárias (ITBI) e na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços – ICMS.
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Enquanto isso, o caos no Pronto Socorro se agrava a cada dia. A construção do novo PS parece mais uma miragem. Outro projeto anunciado pelo prefeito Mauro Mendes (PSB), o Parque das Águas, também não avançou.
A prefeitura começa a cortar despesas, fala em demitir temporários, vai reativar a Zona Verde (cobrança de estacionamento rotativo nas ruas centrais) e espera aumentar a arrecadação com a maior fábrica de dinheiro, as multas emitidas pelos radares eletrônicos.
Até agora a gestão de Mauro Mendes tem se destacado por grandes projetos e pífias realizações.